Às vésperas de retornar a Salvador para a estreia de “Aos 50 – Quem Me Aguenta?”, Edvana Carvalho conversou com o colunista Valmir Moratelli da VEJA sobre o encerramento do remake de “Renascer” e o sucesso de seu personagem, Inácia.
“Inácia é uma daquelas personagens que são divisores de águas. Foi uma chance de me apresentar ao grande público brasileiro”, afirma Edvana, que é uma talentosa integrante do Bando de Teatro Olodum.
Além disso, Edvana usou o papel para homenagear suas raízes. “Quis levar o Candomblé para o horário nobre da TV Globo, mostrar sua beleza e acolhimento. Mesmo que alguém tenha a pele clara, todos nós temos alguma conexão com os povos africanos no nosso DNA”, explica. Ela destaca como a novela promoveu a união entre diferentes religiões, retratando uma comunidade em harmonia.
O impacto de Inácia foi significativo, tocando pessoas de diversas origens e crenças. “Foi emocionante ouvir que uma personagem pode mudar a vida das pessoas”, diz Edvana. Ela revela que, ao refletir sobre o fim do projeto, sente-se como se estivesse em um “limbo”, comparando a sensação a acordar em um lugar desconhecido após a morte.
A atriz, já nostálgica, compartilha que o encerramento das gravações deixou um vazio. “Acabamos de gravar no sábado, e desde então estou me sentindo num limbo. É um desmame, um ano inteiro pensando nisso”, conclui.