Amores, estava preparando meu almocinho fit de arroz de couve-flor com salmão grelhado e legumes na manteiga de ervas. Eis que o grupo das fofoqueiras começa a vibrar incessantemente. E como a curiosa que sou, fui de encontro ao meu iPhone para saber qual o bapho da vez…
Bem, a fim de fugir da condenação de 10 anos de prisão por crimes cibernéticos contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sem avisar, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) resolveu ir para a Europa, onde pretende residir por tempo indeterminado.

Para esclarecer o motivo de sua fuga inesperada aos apoiadores, a parlamentar concedeu entrevista à rádio bolsonarista Auriverde, onde comentou sobre o afastamento do cargo político e sua residência no Velho Continente.
“Eu queria anunciar que estou fora do Brasil. Já faz alguns dias. Eu vim à princípio buscando um tratamento médico e agora vou pedir para que eu possa me afastar do cargo. Tenho essa possibilidade na Constituição”, iniciou o relato.
Durante o bate-papo, Carla citou o deputado afastado Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, para justificar sua decisão.
“Eu acho que as pessoas conhecem um pouco mais [sobre o afastamento do cargo político] hoje em dia porque foi o que o Eduardo [Bolsonaro] fez também. Ele pediu uma licença não remunerada. Então, eu passo a não receber mais salário”, revelou.
E seguiu: “O gabinete será ocupado pelo meu suplente. O suplente assume e eu fico fora do país durante esse período”, reforçou.
Semanas antes de deixar o Brasil, no dia 18 de maio, Carla Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na violação ao sistema do CNJ, realizado em 2023.
Sobre a permanência em terras europeias, Zambelli reiterou aos seguidores não se tratar de um abandono, mas sim, da possibilidade de resistência que terá em liberdade fora do Brasil.
“Vou me basear na Europa, tenho cidadania europeia. Estou muito tranquila quanto a isso. Gostaria de deixar bem claro que não é um abandono do país, não é desistir da minha luta, muito pelo contrário, é resistir.”
Carla Zambelli afirmou que, ao sair do país, poderá dar continuidade às causas políticas que defende com mais liberdade, e declarou que pretende se reerguer, como uma fênix.
“É poder continuar falando o que eu quero falar, é voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs. Eu tenho uma tatuagem de uma Fênix e eu costumo dizer que a gente tem que se reinventar a todo tempo”
E completou: “Quando as pessoas acham que a gente virou cinza, a gente tem que renascer das cinzas e brilhar.”