Amores, se tinha alguém que podia transformar o Rio de Janeiro em passarela internacional, essa pessoa atende pelo nome de Dua Lipa. A diva desembarcou, subiu ao palco, brilhou, revirou as estruturas e ainda resolveu falar em português, meu amor. E não foi um “oi, Brasil” tímido foi um discurso digno de novela das nove.
No meio daquele mar de gente gritando, celulares levantados e glitter imaginário, Dua Lipa soltou, pausadamente, como quem distribui pétalas de rosas em pleno helicóptero:
“A energia linda de vocês é por esse tempo tão especial nesta cidade.
Eu sou realmente muito grata por estar aqui.
Nesta semana, eu tive a chance de explorar o mundo de verdade da cidade e da cultura.
Em todos os lugares, fui recebida com tanto amor e tanta tranquilidade.
E, sinceramente, eu nunca mais quero ir embora.
No jogo de futebol, sentindo a paixão dos torcedores,
a rua do Cristo Redentor e o mar da cidade,
aos ensaios da simulação para ver o verdadeiro significado da humanidade,
até tomar um SHOT!”
Sim, meu bem:
SHOT.
Com todas as letras.
E com sotaque fofo que fez o Rio inteiro entrar em combustão emocional.
A plateia veio abaixo.
Os fãs urraram.
O pessoal do camarote quase desmontou o acrílico.
E euzinha aqui em Viena ? Fiquei tal qual o Cristo de braços abertos, porém de boca caída, porque a diva britânica simplesmente incorporou a carioca da Lapa em três segundos.
O show foi grandioso, frenético, cinematográfico, e o discurso em português virou o momento mais comentado da noite. Dua Lipa não apenas cantou. Ela traduziu o amor do público e brindou com um shot simbólico que fez história.