Gente, conversei hoje com um médico lindo e inteligente! É o Dr. Fernando Zampieri, que é referência em emagrecimento no Brasil. E pasmem: ele deu uma aula para quem, como eu, ama se cuidar e ter qualidade de vida! Segundo o lindíssimo Dr. Fernando, o equilíbrio hormonal é o pilar do emagrecimento saudável e duradouro — sem ele, dieta e exercício têm efeito limitado. Ou seja, não adianta se matar na academia se os hormônios estiverem uma bagunça!
Zampieri enfatiza que equilíbrio hormonal é equilíbrio emocional. “Um corpo com hormônios em harmonia tem uma mente mais estável, produtiva e resiliente. E, da mesma forma, uma mente cronicamente estressada ou ansiosa pode sabotar o equilíbrio hormonal”. Por isso, destaca que o tratamento metabólico completo precisa olhar o ser humano como um sistema integrado — corpo, mente e bioquímica trabalhando em sintonia.
Dr. Fernando Zampieri é médico formado em Medicina pela Universidade do Vale do Sapucaí. Cursou especialização em Cardiologia no Hospital São Francisco (Ribeirão Preto). É pós-graduado em Nutrologia e Medicina Esportiva e tem compromisso total com a medicina moderna e abordagens integrativas. Além disso, possui ampla experiência em Unidade Intensiva Coronariana e UTI Geral, atuando na Sala Vermelha, SAMU e na Coordenação Médica.
Relação entre hormônios, metabolismo e emagrecimento
Perguntado sobre a relação que existe entre hormônios, metabolismo e emagrecimento, Dr. Fernando explica que os hormônios são os grandes “condutores” do metabolismo. “Eles determinam como o corpo utiliza, armazena e distribui energia. A insulina regula a entrada de glicose nas células e o armazenamento de gordura; níveis cronicamente altos levam à resistência insulínica, bloqueando o emagrecimento. O cortisol em excesso aumenta o apetite e promove acúmulo de gordura visceral. A testosterona, estradiol e hormônio do crescimento (GH) aumentam massa magra e taxa metabólica basal. Hormônios tiroidianos T3 e T4 (tireoide) são responsáveis diretos pela velocidade do metabolismo. Portanto, o equilíbrio hormonal é o pilar do emagrecimento saudável e duradouro — sem ele, dieta e exercício têm efeito limitado”.
Métodos contraceptivos hormonais e equilíbrio metabólico
Para o médico, a maioria dos anticoncepcionais hormonais combina estrógeno sintético e progestágeno. “Esses compostos reduzem a produção natural de hormônios ovarianos e suprimem o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano, podendo causar: redução de testosterona livre e libido; aumento de resistência insulínica; dificuldade de ganho de massa magra e aumento de gordura corporal; alterações de humor e retenção hídrica”. Ele alerta que, em mulheres com tendência à resistência insulínica, fadiga ou queda de libido, o uso crônico pode desorganizar o metabolismo. “Por isso, cada caso deve ser individualizado e, quando possível, substituído por métodos não hormonais ou de reposição fisiológica balanceada”.

Relação entre o sistema hormonal e o aspecto psicológico e emocional
Segundo Dr. Fernando, o sistema hormonal é uma das principais pontes entre o corpo e a mente. “Ele atua diretamente sobre áreas cerebrais responsáveis por humor, motivação, prazer e tomada de decisão — especialmente o sistema límbico, o hipotálamo e o córtex pré-frontal”. E continua: “os principais neurotransmissores ligados ao bem-estar — serotonina, dopamina, noradrenalina e ocitocina — são profundamente modulados por hormônios sexuais e metabólicos, como estradiol, progesterona, testosterona, cortisol e insulina. Essa interação explica por que uma alteração hormonal aparentemente ‘física’ pode ter efeitos diretos no estado emocional e cognitivo”. Ele pontua exatamente como os hormônios agem:
Estradiol: estimula a produção de serotonina e dopamina. Sua queda, comum na perimenopausa e menopausa, está associada à maior ansiedade, irritabilidade, lapsos de memória e sintomas depressivos.
Progesterona: exerce efeito calmante por atuar em receptores gabaérgicos. Quando está baixa, surgem insônia, tensão e sensação de alerta constante.
Testosterona: está ligada à energia vital, autoconfiança e senso de propósito. Baixos níveis em homens e mulheres favorecem apatia, procrastinação, cansaço e diminuição da libido.
Cortisol: é o hormônio do estresse. Quando cronicamente elevado, desregula o sono, aumenta a ansiedade e, com o tempo, leva à exaustão emocional — o chamado burnout.
Insulina: sua resistência impacta o cérebro, favorecendo oscilações de humor e “fome emocional”, especialmente por carboidratos.
Portanto, Zampieri enfatiza que equilíbrio hormonal é equilíbrio emocional. “Um corpo com hormônios em harmonia tem uma mente mais estável, produtiva e resiliente. E, da mesma forma, uma mente cronicamente estressada ou ansiosa pode sabotar o equilíbrio hormonal”. Por isso, destaca que o tratamento metabólico completo precisa olhar o ser humano como um sistema integrado — corpo, mente e bioquímica trabalhando em sintonia.
Jejum como forma de emagrecimento
Dr. Fernando opina sobre o jejum intermitente e considera que, quando prescrito e acompanhado, o jejum pode ser uma excelente ferramenta metabólica, pois aumenta a sensibilidade à insulina; estimula a autofagia (reciclagem celular); reduz inflamação e melhora a clareza mental. Contudo, alerta, “quando mal aplicado — especialmente em pessoas com hipotireoidismo, baixa massa magra ou uso de análogos de GLP-1 — pode gerar rebote, fadiga e perda de massa magra. O ideal é personalizar o protocolo, ajustando janelas e carga de treino conforme o perfil hormonal”.
Critérios para reposição hormonal visando equilíbrio metabólico
Na visão profissional de Zampieri, a reposição hormonal deve ser indicada após avaliação laboratorial completa (testosterona, estradiol, SHBG, DHEA, TSH, T3, T4, cortisol, insulina, vitamina D, etc.); depois de uma anamnese detalhada com sintomas como fadiga, perda de libido, ganho de gordura central, alterações de sono e humor; e a partir de um exame físico com composição corporal. “O objetivo não é ‘aumentar hormônios’, mas restaurar níveis fisiológicos e sensibilidade metabólica, fazendo o corpo utilizar melhor energia, preservar massa magra e regular apetite”, explica.

Alimentação do brasileiro e distúrbios metabólicos
Para o médico, a alimentação do brasileiro moderno se afastou radicalmente de suas raízes naturais. O prato tradicional — com alimentos frescos, fibras, proteínas e gorduras boas — foi substituído por produtos ultraprocessados, ricos em açúcar, farinha refinada, óleos vegetais inflamatórios (como soja, milho e girassol) e aditivos químicos. “Essa combinação é o combustível perfeito para uma tempestade metabólica silenciosa”. Essa “tempestade” é provocada por:
- Resistência insulínica: o consumo constante de carboidratos simples eleva a insulina o dia inteiro, bloqueando a queima de gordura e favorecendo o acúmulo abdominal.
- Hipotireoidismo subclínico: deficiências de selênio, zinco, ferro e iodo, somadas à inflamação crônica, reduzem a conversão de T4 em T3 (o hormônio ativo da tireoide), levando à fadiga, queda de cabelo e metabolismo lento.
- Esteatose hepática e síndrome metabólica: o excesso de frutose (refrigerantes, doces, sucos industrializados) sobrecarrega o fígado, promovendo acúmulo de gordura visceral e dislipidemia.
- Disbiose intestinal: a carência de fibras e o excesso de industrializados alteram o microbioma, interferindo na produção de serotonina e na regulação do apetite.
O resultado, explica Zampieri, “é um corpo inflamado, resistente à insulina, cansado e dependente de picos de glicose para funcionar”. E ele sugere a reeducação alimentar anti-inflamatória como o primeiro passo para restaurar o equilíbrio: priorizar proteína animal de qualidade (peixes, ovos, carnes magras); consumir vegetais fibrosos e frutas com baixo índice glicêmico; incluir gorduras boas (azeite, abacate, castanhas, ômega-3); e reduzir ao máximo farinhas, açúcares e ultraprocessados. “Mais do que uma dieta, trata-se de um retorno à fisiologia natural — onde a comida volta a ser remédio, e o metabolismo, um aliado da saúde e da longevidade”.
Riscos das “canetinhas milagrosas” e métodos rápidos
Na visão do Dr. Fernando, análogos de GLP-1, como tirzepatida e semaglutida, são potentes, mas não milagrosos. Ele aponta como riscos do uso isolado e indiscriminado a perda acentuada de massa magra, reduzindo metabolismo basal; a flacidez e rebote após suspensão; o desequilíbrio de micronutrientes e distúrbios gastrointestinais; e a dependência psicológica do medicamento. “O sucesso está em integrar o medicamento ao contexto metabólico, com reposição hormonal adequada, suplementação e acompanhamento nutricional”, defende.
A suplementação ideal para qualquer pessoa
Perguntado sobre o “pacote básico” de suplementos que sugere a quem deseja melhorar a saúde, Zampieri destaca que a suplementação é uma ferramenta para otimizar funções celulares, corrigir deficiências e manter o metabolismo em alta performance, principalmente em um mundo onde o estresse, a alimentação industrializada e o sedentarismo drenam nutrientes essenciais. “Embora cada organismo tenha suas particularidades, existe um núcleo de suplementação que beneficia praticamente todos os adultos — e que pode ser personalizado conforme idade, composição corporal e exames laboratoriais”. Esse núcleo seria composto da seguinte forma:
Magnésio quelado (300–400 mg/dia): cofator em mais de 300 reações enzimáticas, regula energia, sono, contração muscular e equilíbrio hormonal.
Vitamina D3 + K2: melhora imunidade, saúde óssea, disposição e regulação hormonal. A K2 evita a calcificação arterial e potencializa os efeitos da D3.
Ômega-3 (EPA/DHA 2–3 g/dia): reduz inflamação sistêmica, melhora a sensibilidade à insulina e protege o sistema cardiovascular e neurológico.
Coenzima Q10: essencial para produção de energia nas mitocôndrias e para saúde cardíaca. Indispensável em pacientes que usam estatinas.
Curcumina + piperina: potente anti-inflamatório natural e modulador de citocinas.
Complexo B: indispensável para metabolismo energético, saúde neurológica e síntese hormonal.
Creatina (3–5 g/dia em média): uma das substâncias mais estudadas do mundo, aumenta força, massa magra, cognição e função mitocondrial. A dose ideal depende da massa corporal e do nível de atividade física.
Whey Protein: proteína de alto valor biológico que otimiza a recuperação muscular, saciedade e síntese proteica. A dose deve ser ajustada conforme o aporte proteico total do dia e os objetivos individuais (em média 20 a 40 g por porção).
Esses suplementos, enfatiza o médico, “formam a base de um metabolismo resiliente — sustentam energia, performance física e mental, além de prevenir envelhecimento precoce. Entretanto, a dosagem ideal varia de pessoa para pessoa: idade, rotina, composição corporal, sono, treino e metabolismo determinam a necessidade exata. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para transformar suplementação em estratégia terapêutica personalizada — e não em automedicação nutricional”, conclui.