Amores, estava indo pra academia, pra deixar o bumbum na nuca, e acabei de ler uma nota do meu best, Valmir Moratelli, da Veja, sobre o estupendo Zagallo. Se tem uma palavra que Zagallo jamais tolerou em campo, era injustiça. O homem das quatro Copas, o estrategista do “vocês vão ter que me engolir”, agora é notícia por algo que nem o melhor técnico do mundo conseguiria resolver: a divisão da própria herança.
A história, que parecia resolvida com a morte do ídolo em janeiro, ganhou um novo tempo de jogo e desta vez, o placar é emocional. Segundo revelou a Veja, os valores e a forma da partilha deixaram parte da família surpresa. O testamento teria contemplado filhos de maneira desigual, e o caso promete se arrastar como uma prorrogação sem juiz de vídeo.
De acordo com o testamento revelado, 62,5% dos bens ficaram para o filho mais novo, Mário César, enquanto os outros três herdeiros receberam apenas 12,5% cada. Uma divisão que fez até o torcedor mais fiel soltar aquele grito de impedimento.

Nos bastidores, o clima é de espanto e silêncio. Amigos próximos garantem que Zagallo era minucioso, metódico, quase militar com as próprias decisões. Por isso, a ideia de uma divisão “desequilibrada” soa como um contra-ataque inesperado. Entre herança, emoção e saudade, o que fica é a sensação de que até as famílias campeãs podem tropeçar no replay da vida.
E é impossível não imaginar a cena, né? Lá de cima, o Velho Lobo talvez observe o desenrolar e diga com aquele sorriso irônico que só ele tinha: “Vocês vão ter que me entender.”