Meus amores, foi uma sexta-feira de desespero e correria no Rio de Janeiro (pra variar, né?). O delegado Bernardo Leal, adjunto da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), foi baleado durante uma megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha. O disparo atingiu em cheio a veia femoral, provocando uma hemorragia intensa que mudou o rumo da história em questão de minutos.
Socorrido às pressas pelos próprios colegas, Bernardo foi levado em estado crítico ao Hospital Getúlio Vargas, onde passou por uma cirurgia de emergência. A gravidade do ferimento obrigou a equipe médica a amputar uma das pernas para conter o sangramento e tentar salvar sua vida.

Você consegue imaginar? Um profissional que sai de casa pra combater o crime e volta direto pro centro cirúrgico. Um pai, um colega, um cidadão, agora símbolo vivo de uma guerra que a gente já parou de chamar de guerra, porque acostumou.
De acordo com informações da corporação, o delegado segue internado em estado gravíssimo, sob vigilância constante.
A operação, que mobilizou diversas unidades das forças de segurança, visava desarticular uma das principais frentes do tráfico de drogas da região. O confronto foi intenso e o nome de Bernardo agora simboliza a linha de frente de quem arrisca a própria vida diariamente pela segurança da população.

Entre policiais e colegas de trabalho, a comoção é profunda. “Ele é um profissional dedicado, experiente, que nunca se escondeu diante do perigo”, disse um agente próximo à equipe.
Enquanto o sangue seca no asfalto e o noticiário muda de assunto, fica uma certeza amarga: o Rio continua lindo, sim. Mas continua também doente, cansado e sangrando nas mãos de quem deveria protegê-lo.