Prepare o chá (ou o energético), porque o nome da vez nos holofotes é ele: Oruam. O cantor, que já acumula milhões de plays nas plataformas, agora também carrega um combo jurídico de dar dor de cabeça até na Elle Woods.
Tudo começou na madrugada do dia 22 de julho, quando uma operação policial foi cumprir um mandado de busca e apreensão na casa do cantor, no Complexo da Penha. Segundo os agentes, após a prisão de um menor, Oruam e outras sete pessoas teriam lançado pedras contra os policiais, que precisaram se abrigar na viatura.
Até aí, o que poderia ser mais um capítulo tenso entre polícia e periferia virou manchete explosiva com a reclassificação da acusação: de tráfico para tentativa de homicídio qualificado. E foi aí que a treta ganhou um novo patamar.
A defesa do rapper veio com tudo, chamando a denúncia de “manobra jurídica infundada” e acusando o Ministério Público de atuar mais em nome da repercussão do que da justiça.

Em nota enviada à imprensa, os advogados de Oruam afirmam que a acusação é sustentada por “alegações frágeis e artificiais”, sem provas técnicas que realmente liguem o artista ao suposto ato criminoso. Nada de laudo pericial, nada de impressões digitais, nada de DNA. Só testemunhos. Só barulho.
O ponto mais polêmico? A defesa alega que a integridade dos policiais jamais esteve em risco real. Segundo os relatos colhidos, se fosse mesmo uma tentativa de homicídio, os agentes não teriam reagido como reagiram: com agressões físicas, invasão à residência do cantor, xingamentos e ameaças com armas em punho. Clima de caos, sim. Mas tentativa de homicídio?
Oruam, por sua vez, já se entregou e chegou a reconhecer em vídeo que errou. Disse estar arrependido, pediu desculpas e prometeu dar a volta por cima com sua música.
No meio disso tudo, fica a pergunta: estamos diante de um caso exemplar da justiça sendo feita ou de uma criminalização midiática de um artista periférico? A resposta, por enquanto, ainda está em aberto, e o final dessa novela promete ser tão imprevisível quanto uma final do BBB.