Eles não usam capas, mas protegem o país. São os novos “Hackers do Bem”, gente que trocou o medo da tecnologia pela coragem de dominar o futuro. O programa gratuito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, executado pela RNP, acaba de abrir 25 mil novas vagas para quem quer entrar no universo da cibersegurança, uma das áreas mais quentes e bem pagas do momento.
Marcelo Goulart que o diga. Aos 60 anos, ele achava que estava tarde demais pra aprender algo novo até descobrir o Hackers do Bem. “Aprendi que nunca é tarde para recomeçar”, diz o goiano de Alto Paraíso, hoje com uma bolsa de R$ 3 mil mensais na fase de Residência Tecnológica. Ele virou referência para quem sonha mudar de rota e ainda faturar com isso.

Mas a história dele não é única. Patrícia Monfardini, 52, servidora pública de Contagem (MG), entrou no curso sem saber ligar um servidor e saiu especialista em “Red Team”, a elite da segurança ofensiva. “Chorei, estudei e venci”, comemora. Hoje, cursa Engenharia de Software e quer proteger empresas e pessoas do caos digital.

Entre os jovens, o programa virou símbolo de oportunidade. Gabriel Matos, 27, formado em Direito, descobriu no Hackers do Bem o caminho para o futuro. “Sempre quis trabalhar com segurança, mas achava que era só na polícia. Agora, é na nuvem!”, brinca o novo perito digital.
Com mais de 36 mil alunos certificados desde janeiro de 2024, o projeto une tecnologia, propósito e recomeços. A formação vai do básico ao avançado, com aulas sobre criptografia, computação em nuvem, ameaças cibernéticas e muito mais. E o melhor: tudo 100% gratuito.

O programa é uma iniciativa do MCTI, com execução da RNP e apoio do Senai-SP e da Softex, e já virou símbolo nacional de inclusão tecnológica.
Porque, no fim das contas, proteger dados é proteger pessoas, e essa turma está hackeando o futuro, com ética, inteligência e propósito.