Amores, respirem fundo porque a temperatura subiu em Hollywood. Dark Horse, o longa que promete transformar Jair Bolsonaro num herói épico com trilha dramática e fumaça cênica, escalou Camille Guaty, a eterna Maricruz de Prison Break, para interpretar Michelle Bolsonaro. Sim, a ex-primeira-dama agora é personagem oficial do cinema gringo, e isso já botou a internet em modo caldeirão fervente.
Camille veio ao Brasil como quem não quer nada, tirou foto no Beco do Batman, passeou pelo Ibirapuera, jantou no A Figueira Rubaiyat e deixou escapar que está, sim, no time principal do filme. O projeto circula em clima de operação sigilosa, quase uma missão impossível, mas fontes dos bastidores confirmam que a atriz dará vida à Michelle na trama.

O elenco virou praticamente um álbum de família: Eddie Finlay será Eduardo, Marcus Ornellas interpretará Flávio e Sérgio Barretto fará Carlos. Tudo embalado em sequências de ação na Amazônia, com direito a confrontos contra cartéis, xamãs, indígenas e, claro, a dramatização da facada de 2018. Porque se o drama existe, Hollywood dramatiza.
Camille não está chegando agora. Ela já desfilou por The Rookie, The Good Doctor, The Vampire Diaries e How I Met Your Mother. No currículo ainda tem tentativa de carreira musical no Popstars americano, o mesmo formato que criou o Rouge no Brasil. A mulher tem mais camadas que figurino de novela das nove.
E como se não bastasse, o filme ganhou bênção internacional, incluindo apoio de Donald Trump, que estaria de olho no impacto político que Dark Horse pode gerar. Estratégia é tudo. Timing, então, nem se fala. A estreia deve flertar com a temporada eleitoral, porque coincidência aqui só se for no roteiro.