Amores, o SescTV vai estrear, no próximo dia 23 de novembro, o curta-metragem “Joãosinho da Goméa – O Rei do Candomblé”, dirigido com maestria por Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra.
E quem foi esse homem? Preparem-se, porque ele não foi pouca coisa! Joãosinho da Goméa foi ousado e um visionário! Ele era a tríade que apavorava os conservadores do século XX: negro, homossexual e babalorixá.
Ele simplesmente transformou o Candomblé em uma celebração estética e política, enfrentando o racismo e a homofobia da época. O filme, que é narrado em primeira pessoa e estrelado pelo talentoso ator Átila Bezerra, acompanha a jornada do pai de santo, nascido em Inhambupe (BA), que foi para o Rio de Janeiro e fundou a lendária Roça da Goméa, em Duque de Caxias.

E foi ali que o babado aconteceu! Joãosinho, com sua forma única de conduzir o axé, marcada por cores, música e uma teatralidade de arrepiar, virou um símbolo de liberdade.
Claro que os tradicionalistas o rejeitaram. Mas quem o amava? Os artistas! Os políticos! E, meu bem, a realeza! Dizem que a própria Rainha Elizabeth II (sim, a Queen!) o chamou de “Rei do Candomblé”!

O curta usa músicas entoadas por ele mesmo e imagens de arquivo para revelar esse verdadeiro artista da fé. E ele mesmo resumiu a ópera em uma de suas frases mais famosas: “Se o candomblé assumiu uma postura de espetáculo de luz e cores, foi graças à minha roça na Goméa. Não posso aceitar que digam que desmoralizo o Candomblé apenas por gostar de enfeitar meus orixás ou brincar no carnaval”, afirma Joãosinho.
Enfim, o curta conta a história de um homem que fez da própria vida um ato de resistência e viveu sem renunciar a si mesmo. Chiquérrimo!