Gente, estava na varanda de meu escritório no Leme, relaxando após uma longa reunião com investidores. Eis que recebo um vídeo emblemático de um montanhista que está sendo considerado herói por não ter desistido de resgatar o corpo da jovem brasileira no penhasco do Monte Rinjani.
Acontece que, na manhã da última quarta-feira (25), foi realizado o içamento do corpo da mochileira brasileira Juliana Marins, que não resistiu à longa espera por socorro após cair no penhasco no vulcão Rinjani, na Indonésia, no último sábado (21), enquanto participava de uma trilha guiada.

No meio da tragédia, um alpinista voluntário, identificado como Agam Rinjani, conquistou a admiração dos brasileiros pela atitude corajosa de arriscar sua vida para resgatar Juliana.
Após o içamento do corpo da jovem, Agam revelou que o resgate foi extremo e, mesmo com todos os equipamentos de segurança, ele e o parceiro de alpinismo, Tyo, corriam o risco de despencar a qualquer momento por causa da instabilidade do terreno do penhasco.
“A situação é muito trágica e ficou na memória do Agam. Foi muito duro. Em algum momento, várias vezes o suporte de quem estava lá no topo desabou. Isso provocou a queda de pedras e areia várias vezes. Só por misericórdia de Deus eles não morreram”, desabafou a tradutora do montanhista durante uma live no Instagram.

Mesmo cientes da possibilidade de caírem penhasco abaixo, ao localizar Juliana, Agam e Tyo ficaram ao lado do corpo durante a noite para impedir que ela deslizasse ainda mais.
“Depois de confirmar que a vítima havia morrido, nossa equipe combinada de voluntários a protegeu e passou a noite em um penhasco vertical íngreme com condições rochosas instáveis a 3 metros da vítima, enquanto esperava outra equipe para retirá-la de cima”, afirmou Tyo, em publicação nas redes sociais.

Quem é Agam, o alpinista heróico da Indonésia?
Montanhista e guia para turistas, Agam também é conhecido por atuar como combatente humanitário na Indonésia. A garra do alpinista conquistou o coração dos brasileiros que estavam apreensivos com o resgate de Juliana Marins e revoltados com o descaso do governo local.
Ao se voluntariar para ajudar no socorro da brasileira, o guia indonésio afirmou que só sairia do Monte Rinjani junto com a jovem.
Ao fim da missão, Agam relatou que foi um verdadeiro milagre ele, Tyo e os outros sete resgatistas terem sobrevivido ao frio extremo no penhasco: “Sabíamos que se chovesse um pouco mais, morreríamos juntos”, declarou.