Não era isso que você queria, Putin, o mundo inteiro contra a Rússia, ou pelo menos, boa parte? Porque é isso que está acontecendo. Não só grandes nomes da política acham o confronto entre Rússia e Ucrânia um conflito desnecessário e desigual, como algumas marcas tomaram posição.
Cola-Cola e PepsiCo anunciaram que não comercializarão mais seus produtos para a Rússia. Enquanto marcas ficam com medo de posicionamento, que isso afetem suas vendas, as duas maiores produtoras de refrigerantes e bebidas em geral do mundo foram lá e fizeram.
Em um comunicado a Coca foi sucinta em suas escolhas. “Nossos corações estão com as pessoas que estão sofrendo os efeitos inconcebíveis dos trágicos eventos na Ucrânia. Continuaremos monitorando e avaliando a situação a medida em que as circustâncias evoluem”, declarou a companhia.
A Pepsi, no entanto, declarou que seguirá oferecendo outros produtos no país, itens essenciais, como leite e fórmulas infantis, pensando em como o conflito afeta as crianças, que não tem nada a ver com essa história.
A empresa emitiu um comunicado, assinado pelo CEO, Ramon Laguarta, lembrando da atuação da Pepsi dentro do país. “No entanto, dados os eventos terríveis que vem acontecendo na Ucrânia, estamos anunciando a suspensão das vendas da Pepsi e de nossas outras marcas globais na Rússia, incluindo 7Up e Mirinda”, declarou.
Vale lembrar que a companhia tem mais de 20 mil funcionários no país, além de 40 mil agricultores, que trabalham como fornecedores. O que podemos ver é que a Rússia será bombardeada por uma forte crise econômica com os gastos bélicos e a saída das duas empresas do território.
Guerras geram gastos e crises. Podemos nos preparar, pois essa crise é sentida no mundo todo, a Rússia é apenas o olho do furacão e uma hora ele tende a chegar mais próximo do Brasil.
Isso não é justo com as famílias e trabalhadores locais, isso não é justo com os povos russos e ucranianos. Uma guerra de poder que leva consigo o ego de Putin.

