Ai, meu amor, que pesadelo de cinema! Neste fim de semana, as redes sociais foram tomadas por uma onda de indignação e apreensão após o desaparecimento da cineasta brasileira Bárbara Marques, residente em Los Angeles e casada com o norte-americano Tucker May. O caso, digno de roteiro de suspense, aconteceu durante um encontro rotineiro com o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA, quando Bárbara foi detida e simplesmente… sumiu.
Segundo o relato emocionado de seu marido no Facebook, a artista, descrita por amigos como alguém que “irradiava calor e bondade em cada interação”, foi levada pelo temido Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE). Tudo teria ocorrido após uma desculpa quase cômica, não fosse trágica: uma suposta impressora quebrada que, convenientemente, afastou a cineasta de seu advogado.
Separada de sua defesa, Bárbara foi detida com base em um aviso de 2019, que ela jamais teria recebido, sobre uma audiência judicial. Um detalhe burocrático, mas que agora ameaça virar sentença de deportação.
O drama só se intensifica: dias depois, Bárbara foi transferida da instalação do ICE em Adelanto, no sul da Califórnia, para um local desconhecido. O marido denuncia que a medida ignora até uma ordem judicial temporária que buscava impedir sua remoção. “O pesadelo contínuo da minha esposa é um exemplo do que potencialmente aguarda todos os americanos, a menos que atuemos coletivamente, agora, para combater os piores impulsos autoritários demonstrados pela atual administração”, declarou Tucker ao portal LeoDias.
Enquanto isso, amigos e familiares não ficaram parados: criaram uma página no GoFundMe para arrecadar fundos e bancar a defesa da cineasta, conhecida por curtas premiados como Amor (2018), Cartaxo (2020) e Basement (2021). A mobilização online cresce a cada hora, clamando para que ela seja encontrada e protegida.
E aqui fica o recado: sob a atual administração de Donald Trump, a ICE não só ganhou mais agentes e verbas milionárias, como também autonomia para prender e remover imigrantes mesmo quando eles estão em plena conformidade com a lei. Só nos primeiros 100 dias de mandato, mais de 65 mil pessoas foram detidas, muitas delas de baixo risco, segundo críticos.
O espaço segue aberto para manifestações da embaixada dos Estados Unidos no Brasil e da embaixada do Brasil nos EUA. Enquanto isso, fica a pergunta: onde está Bárbara Marques?
