Atenção, atenção. O barril agora tem ar-condicionado, vista pra praia e plano de negócios. A Bahia acaba de ganhar o primeiro quarto temático do Chaves no Brasil, numa parceria que mistura memória afetiva, licenciamento bem amarrado e uma dose generosa de ousadia. A responsável pela travessura é a VCA Construtora, que se uniu ao Grupo Chespirito para transformar nostalgia em experiência vendável no Vivant Eco Beach, em Maraú.
Nada aqui é improviso infantil. O projeto nasce de contrato oficial de licenciamento, em colaboração com a Lotus Global, representante do Grupo Chespirito no Brasil. Investimento na mesa. Cerca de R$ 400 mil. Porque carinho sem estrutura vira bagunça. E bagunça, diferente da vila, não paga diária.

O quarto é uma viagem direta para a atmosfera lúdica criada por Roberto Gómez Bolaños, mas com inteligência estética. Tem referência ao barril, ao pátio colorido, aos objetos que moram no imaginário coletivo de gerações inteiras. Tudo reinterpretado com leitura praiana, um Chaves versão Acapulco, dialogando com o litoral baiano sem virar caricatura. É nostalgia com acabamento fino.
Cama posta com almofadas temáticas, quadros que piscam para os personagens, detalhes pensados para gerar foto, memória e compartilhamento. Porque hoje, além de dormir bem, o hóspede quer postar melhor ainda. O conforto original do Vivant Eco Beach foi mantido, mas ganhou camada emocional. Hospedagem que abraça, provoca sorriso e ativa lembrança de infância.

E não para por aí. O projeto vem acompanhado de Espaço Kids e cardápio especial inspirado na Vila do Chaves. Sim, o sanduíche de presunto entrou oficialmente no roteiro. O suco de tamarindo também. Porque experiência completa se constrói no detalhe, não só na decoração.
A previsão é que o apartamento esteja disponível para hospedagem a partir de janeiro de 2026. E os planos seguem crescendo. A VCA já estuda ampliar a ambientação temática em outras áreas do empreendimento, consolidando sua entrada definitiva no universo da hospitalidade imersiva. Turismo, entretenimento e emoção andando de mãos dadas, sem tropeçar.

O discurso da construtora é claro. Marca viva é marca que cria laço. Movimento. Emoção. Proximidade. Cada detalhe pensado para que o hóspede não apenas se hospede, mas se reconheça ali dentro. É marketing? É. Mas é marketing com afeto, que hoje vale ouro.
No fim das contas, a mensagem é simples e debochada. Enquanto uns ainda tratam nostalgia como coisa velha, outros transformam memória em produto premium. O Chaves saiu da vila, cruzou fronteiras e agora mora na Bahia. Com diária, estratégia e fila de espera.