Gente, vamos combinar uma coisa. Tem limite pra tudo. Inclusive pra esse jeitinho infantil de transformar absolutamente tudo em reality show de internet. Dessa vez, Carlinhos Maia resolveu brincar com fogo e queimou foi a paciência de uma geração inteira de estudantes.
O motivo do caos? O tal do Brisadeiro. Sim, ele mesmo. Aquele doce quase mítico, presença obrigatória em mesas de república, festas improvisadas, semanas de prova e noites de sobrevivência acadêmica. Um patrimônio emocional das universidades federais. Um código silencioso entre estudantes que não precisava, não merecia e não devia virar conteúdo de rede social.
Mas virou.
Carlinhos foi lá, tratou o assunto com aquele tom infantilizado, meio “olha que fofinho”, meio “descobri agora”, como se estivesse revelando uma novidade mundial. Resultado? Um mar de estudantes revoltados, indignados, se sentindo traídos. Porque o Brisadeiro não é só um doce. É resistência. É sobrevivência. É quase um ritual de iniciação.
E aí vem a pergunta que não quer calar. Pra quê? Pra quê expor um dos pilares silenciosos da vida universitária como se fosse mais uma brincadeirinha de internet?
O problema não é falar de comida. O problema é transformar tudo em espetáculo raso. É esse jeito infantil de tratar absolutamente tudo como se fosse conteúdo descartável, sem entender o peso cultural, social e até afetivo daquilo que está sendo exposto.
Resultado? Estudante puto. Muito puto. Porque quando você mexe com o Brisadeiro, você mexe com a alma da federal. Mexe com o bolso vazio, com a criatividade forçada, com a dignidade culinária de quem sobrevive com pouco e muito bom humor.
Fica aqui o registro, em nome da comunidade universitária deste país. O Brisadeiro não pediu palco, não pediu stories, não pediu engajamento.
E, sinceramente, Carlinhos Maia fez um desserviço.
Porque tem coisa que não se mexe.
E o Brisadeiro é uma delas.