Amores, fiquei sabendo que a talentosíssima Camilla Camargo está ocupando novamente o centro das atenções, por estar em plena temporada com “Aqui Jazz”, no Teatro Itália, em São Paulo. Inclusive, nesta terça-feira, dia 19 de agosto é celebrado o Dia do Artista de Teatro no Brasil.
Herdeira de uma família que respira arte, mas com uma trajetória construída passo a passo por mérito próprio, ela já contabiliza mais de vinte montagens no currículo; entre elas, os musicais “Caros Ouvintes”, eleito Melhor Espetáculo de São Paulo pela revista Veja, e “Zorro, o Musical”, ambos acolhidos pela crítica e pelo público.
Sua carreira é marcada por uma versatilidade que vai do drama ao musical, passando pela comédia, sempre com atenção aos detalhes e entrega total. Essa inquietude criativa a levou ao espetáculo que estreou em 2 de agosto de 2025 sob dramaturgia e direção de Giovani Tozi. No palco, Camilla interpreta Marina, uma cantora de jazz que atravessa um processo íntimo de transformação. Ela comenta: “Esse trabalho me pede uma presença muito diferente. É mais sobre estar do que sobre fazer. Não é só falar o texto ou cantar a música, é ouvir o que está acontecendo no momento e reagir. O público está muito perto e percebe cada respiração, então é preciso uma concentração absoluta, mas também uma abertura para deixar as coisas acontecerem. É um exercício bonito, porque me lembra que o teatro é vivo, que nunca é igual”, comenta.
O musical, mais que uma narrativa, funciona como uma partitura que une cena e música. As sessões se transformam em um diálogo entre atores e músicos; no elenco estão também Felipe Hintze e Marcus Veríssimo e os músicos Gabriel Ferrara e Rafael Gama. A temporada vai até 1º de setembro, sempre aos sábados, domingos e segundas.
“O jazz tem uma delicadeza que me encanta. Não é sobre grandes gestos ou efeitos, é sobre a troca, sobre encontrar beleza nas pequenas pausas. É um gênero que exige precisão, mas que também deixa espaço para o inesperado. Eu gosto dessa mistura, porque cada apresentação se torna única, como se fosse feita só para aquelas pessoas que estão ali naquela noite”, reflete Camilla.
Mais de duas décadas de dedicação revelam por que ela se encaixa tão bem no espírito do Dia do Artista de Teatro. Para a artista, o palco é um lugar de reinvenção e entrega: “O teatro é onde eu consigo me conectar de um jeito especial com as pessoas. É um lugar onde a gente se permite sentir junto, mesmo sem se conhecer. Acho que isso é o mais tocante: saber que, de alguma forma, aquela história vai ficar com alguém que estava na plateia, e que talvez mude um pedacinho do dia dela”, comenta.
Paralelamente, Camilla também se prepara para um momento de expansão artística que vai além dos palcos. Ela será protagonista de “A Caipora”, thriller psicológico com elementos da mitologia brasileira, no qual interpreta uma personagem inserida em uma trama repleta de mistério e tensão dramática, explorando territórios emocionais completamente distintos do musical que interpreta agora. Além disso, também estará em “Coração Sertanejo”, drama sobre reencontros, raízes e afetos que resistem ao tempo — um projeto que, segundo ela, “fala muito sobre pertencimento e sobre como a vida nos leva de volta para lugares e pessoas que moldaram quem somos”.