Amores, segurem o coração porque essa história não tem filtro nem final açucarado. Brigitte Bardot, a mulher que virou sinônimo de beleza, liberdade e escândalo, viveu a maternidade como um peso que jamais conseguiu carregar com leveza.
Em 1960, no auge da fama, ela engravidou do ator Jacques Charrier. O que para muitos seria um conto de fadas virou um pesadelo íntimo. Bardot nunca escondeu que a gravidez a assustava, a angustiava e a fazia se sentir presa. Na autobiografia Initiales BB, ela descreveu esse período como um dos mais dolorosos da vida.

Sem romantização, sem pose de mãe perfeita. Bardot contou que se sentia sufocada, pressionada e obrigada a abandonar a própria carreira para assumir um papel que não desejava. A crise foi tão profunda que ela revelou ter tentado tirar a própria vida em 1960, no auge do conflito entre fama, maternidade e liberdade.
O casamento com Charrier acabou dois anos depois. O filho, Nicolas, ficou com o pai e foi criado longe da atriz, principalmente pelos avós paternos. Bardot seguiu outro rumo. Distante, silenciosa e decidida a não fingir sentimentos que não existiam.

Já adulta, a criança virou homem, mudou-se para a Noruega, construiu família e manteve pouco contato com a mãe famosa. Bardot, por sua vez, manteve a promessa de não falar publicamente sobre o filho. Em entrevistas raras, disse que nunca soube ser mãe e que preferiu assumir essa verdade a viver uma mentira socialmente aceita.
Crua. Polêmica. Incômoda. Brigitte Bardot foi musa, mito, ativista e símbolo de uma geração. Mas também foi a mulher que teve coragem de dizer o que poucas ousam admitir. Nem toda mulher nasceu para a maternidade. E ela nunca fingiu o contrário.