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Kátia Flávia
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Brigitte Bardot rejeitou a maternidade e abriu mão de criar o próprio filho

Ícone do cinema, musa absoluta dos anos 60, Bardot viveu a gravidez como um drama e nunca escondeu que ser mãe não fazia parte do seu sonho.

Kátia Flávia

29/12/2025 8h30

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Brigitte Bardot, que morreu ontem aos 91 anos, teve um único filho, Nicolas-Jacques Charrier. Foto: AFP

Amores, segurem o coração porque essa história não tem filtro nem final açucarado. Brigitte Bardot, a mulher que virou sinônimo de beleza, liberdade e escândalo, viveu a maternidade como um peso que jamais conseguiu carregar com leveza.

Em 1960, no auge da fama, ela engravidou do ator Jacques Charrier. O que para muitos seria um conto de fadas virou um pesadelo íntimo. Bardot nunca escondeu que a gravidez a assustava, a angustiava e a fazia se sentir presa. Na autobiografia Initiales BB, ela descreveu esse período como um dos mais dolorosos da vida.

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Brigitte Bardot morreu aos 91 anos. (Foto: Marceau-Cocinor/Les Films Concordia/ Georges de Beauregard/ Carlo Ponti/ Collection Sunset Boulevard/Corbis via Getty Images)

Sem romantização, sem pose de mãe perfeita. Bardot contou que se sentia sufocada, pressionada e obrigada a abandonar a própria carreira para assumir um papel que não desejava. A crise foi tão profunda que ela revelou ter tentado tirar a própria vida em 1960, no auge do conflito entre fama, maternidade e liberdade.

O casamento com Charrier acabou dois anos depois. O filho, Nicolas, ficou com o pai e foi criado longe da atriz, principalmente pelos avós paternos. Bardot seguiu outro rumo. Distante, silenciosa e decidida a não fingir sentimentos que não existiam.

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Bardot já contou nunca ter desejado a maternidade. Fotos: reprodução/internet

Já adulta, a criança virou homem, mudou-se para a Noruega, construiu família e manteve pouco contato com a mãe famosa. Bardot, por sua vez, manteve a promessa de não falar publicamente sobre o filho. Em entrevistas raras, disse que nunca soube ser mãe e que preferiu assumir essa verdade a viver uma mentira socialmente aceita.

Crua. Polêmica. Incômoda. Brigitte Bardot foi musa, mito, ativista e símbolo de uma geração. Mas também foi a mulher que teve coragem de dizer o que poucas ousam admitir. Nem toda mulher nasceu para a maternidade. E ela nunca fingiu o contrário.

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