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Kátia Flávia
Kátia Flávia

Brasileiras largam o Brasil por amor coreano em novo reality da Netflix

Cinco brasileiras atravessam o planeta para viver um romance coreano e o Brasil inteiro resolveu se meter.

Kátia Flávia

16/12/2025 15h45

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Cena do reality Meu Namorado Coreano. Foto: reprodução/Netflix

A Netflix resolveu brincar com fogo. Jogou cinco brasileiras dentro de um avião, apontou para a Coreia do Sul e disse assim. Vai lá viver o amor. E nasceu Meu Namorado Coreano, um reality que mistura paixão, choque cultural, ilusão romântica e aquele temperinho brasileiro chamado drama.

Aqui não tem princesa delicada nem silêncio contemplativo de dorama. Tem brasileira falando alto, sentindo demais, querendo explicação, querendo afeto, querendo resposta agora. Porque brasileira não romantiza sofrimento em silêncio. Brasileira pergunta. Brasileira estranha. Brasileira sente tudo junto e ao mesmo tempo.

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Cena do reality Meu Namorado Coreano. Foto: reprodução/Netflix

As cinco largam o Brasil, a mãe, a amiga fofoqueira, o arroz com feijão e o abraço fácil para descobrir se o crush coreano é namorado mesmo ou só personagem bem educado de videochamada. E quando a convivência começa, meu amor, o encanto começa a suar.

A Coreia é linda, organizada, silenciosa. A brasileira é calor, é toque, é emoção, é verbo. Aí dá curto. Porque enquanto eles demonstram amor com distância respeitosa, elas querem olho no olho, presença, intensidade e explicação detalhada. Com legenda ou sem.

E é aí que o reality fica delicioso. Porque cai a fantasia do homem perfeito de dorama e entra a vida real. Horário rígido, pouco afeto público, diferença de costume, diferença de expectativa e aquela pergunta atravessada. Ele é frio ou só foi criado diferente de mim?

A Netflix foi malandra. Pegou o delírio coletivo pelos doramas, jogou brasileiras no meio e deixou a câmera ligada. Resultado. Um reality que não promete conto de fadas, mas entrega conflito, desconforto e muita conversa atravessada no sofá de casa.

Meu Namorado Coreano não é sobre amor ideal. É sobre realidade escancarada. Sobre o momento exato em que a brasileira percebe que romance internacional não vem com manual nem trilha sonora emocionante.

O Brasil vai assistir com o dedo coçando para comentar. Vai amar, vai julgar, vai rir e vai dizer que jamais faria isso. Mentira. Faria sim. Só não teve convite da Netflix.

E é isso. Amor, passaporte, expectativa alta e tombo possível. Um reality perigoso. Como eu gosto.

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