Meus amores, preparem o croissant e segurem o cappuccino, porque o Brasil acaba de exportar o que tem de mais dourado depois do sol: o nosso pãozinho de cada dia , agora em versão haute couture.
Sim, a Seleção Brasileira de Panificação embarcou para a França, a meca da baguete, para disputar a 10ª edição do Mondial du Pain, o campeonato mais glamouroso do planeta quando o assunto é farinha, fermento e fama. O palco? Nantes, de 17 a 20 de outubro. E o clima? Um misto de adrenalina, perfume de manteiga e orgulho nacional crescendo como massa madre viva.
No comando da delegação está o chef Fernando de Oliveira , padeiro, confeiteiro e chocolatier que entende de pão como poucos entendem de poesia. Na linha de frente, o talentoso Rodolfo Nunes, do restaurante Maniçoba, e o jovem prodígio Kássio Pereira, de apenas 21 anos ,que acorda antes do nascer do sol pra sovar o sucesso com as próprias mãos.

Não é exagero dizer que a equipe chega à França como quem pisa num tapete vermelho culinário. Com treinos dignos de atleta olímpico, começando às 5h da manhã e acompanhamento de psicólogos, eles transformam farinha em arte e suor em sabor.
No Mondial du Pain, não basta assar. É preciso emocionar. São 21 países, cada um trazendo sua alma em forma de pão. A exigência? Técnica cirúrgica, inovação autoral e pães festivos que parecem ter saído de uma vitrine da Champs-Élysées.
Entre os critérios, o uso da massa madre — o fermento natural que dá complexidade, textura e aquele perfume que conquista corações e jurados. A preparação final acontece no Baking Center™ da Lesaffre, em Lille, onde os brasileiros ajustam temperatura, tempo e talento para competir em pé de igualdade com os melhores do mundo.
A Lesaffre, gigante francesa com 170 anos de história (e o segredo por trás de um em cada três pães do planeta), é quem oferece o suporte técnico e o fermento que dá o tom da disputa. Mas o segredo brasileiro vai além da receita: é o tempero do improviso, o ritmo de quem sorri no forno quente e transforma o pão em espetáculo.

Com 220 novas padarias abertas por dia, o Brasil vive um renascimento dourado na panificação, e quer provar à França que o sabor tropical também tem tradição, sofisticação e alma. É o pão com sotaque brasileiro, aroma universal e um toque de ousadia.
E cá entre nós: se existe um campeonato onde o Brasil tem tudo pra crescer… é aquele em que o fermento é o protagonista. No final das contas, meus amores, o Mondial du Pain é mais do que uma disputa: é uma passarela de padeiros, uma vitrine de sonhos e um desfile de fornadas perfeitas.
E lá está o Brasil, com farinha nos dedos, brilho no olhar e a certeza de que glamour também se serve quente e crocante. Porque, entre nós: o pão pode ser francês, mas o charme, o talento e o sabor da vitória… são 100% brasileiros.