Meus amores, não é novidade para ninguém que Preta Gil sempre foi uma figura que incomodou uma boa parte da nossa população como os conversadores da extrema direita e até mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro . Mesmo com todas as críticas, ataques e ofensas dirigidos à sua sexualidade, identidade e posicionamentos, ela reagiu com voz alta e a coragem que marcaram sua trajetória artística.
🗣️ Bolsonaro: “promiscuidade”, homofobia e escândalo no CQC
Em março de 2011, Preta fez uma participação do programa CQC e questionou o deputado Jair Bolsonaro sobre o que ele faria se seu filho namorasse uma pessoa negra. Ele respondeu com uma frase com teor racista: o político disse que consideradava promiscuidade o relacionamento com uma negra e enfatizou que isso não poderia acontecer com seus próprios filhos — pois, eles eram “bem educados” .
Obviamente, a repercussão dessa fala do ex-presidente foi imediata — políticos como Jean Wyllys e Maria do Rosário denunciaram o caso, a OAB encaminhou pedido de cassação e Bolsonaro foi multado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por dano moral coletivo .
Preta não ficou calada e disse que iria processar o deputado e que os ataques nas redes sociais não a diminuíam. “É importante que as pessoas dêem a cara a tapa” ela afirmou, reconhecendo que “temos inimigos” .
📣 Intolerância de políticos e conservadores
Desde então, Preta se tornou uma voz constante contra o bolsonarismo. Em 2011, ela afirmou que tentaria impedir a reeleição de Bolsonaro, alinhando-se a setores do movimento LGBTQIA+ e da militância negra .
Em outra frente, ela se posicionou com firmeza no Dia Internacional da Luta Contra a Homofobia (maio/2017) e compartilhou um texto no seu perfil oficial do Instagram reforçando que “somos todos iguais em nossas diferenças”, comparando homofobia, racismo e intolerância religiosa .
🎤 Ataques da internet e no palco: haters enfrentados com autenticidade
Nas redes sociais, Preta sempre sofreu ataques por corpo, expressões ou roupas. Em 2020, no programa Simples Assim da Globo, ela comentou brevemente sobre as críticas que recebeu: “Se me chamassem de gorda há 20 anos, eu ia ficar triste… Se antes eu estava sozinha, hoje não estou mais” .
Em seguida, ela respondeu com humor e afirmação: “O segredo é escutar quem a gente ama e não quem odeia a gente” . No mesmo programa, relembrou outras ofensas que ouviu — mas deixou claro que não aceitava ser silenciada.
Em seus shows, ela enfrentava a homofobia publicamente. Em 2012, Preta interrompeu uma apresentação para repreender um espectador que ofendia uma mulher por sua sexualidade: “Quando vejo isso, não consigo ficar quieta… preconceito não combina comigo nem com meu público” .
🌈 Bissexualidade assumida e presença voluntária nas lutas LGBT
Preta sempre foi aberta em relação á sua sexualidade. Declarou-se bissexual — e em outras entrevistas, disse que sentia atração também por mulheres . Ela chegou a participou de campanhas no Dia Internacional Contra a Homofobia em 2011, usando sua visibilidade para engajar .
Ela se transformou em símbolo de representatividade: mulher negra, corpulenta, bissexual, que canta, atua, empreende e cria espaços alternativos — tudo isso reforçou a potência de seu perfil anárquico e político.