Amores, vocês lembram que há poucos dias o cantor sertanejo Bruno Félix, integrante da dupla Bruno e Marrone, se envolveu em uma baita polêmica ao fazer comentários transfóbicos contra a repórter Lisa Gomes, que afirmou que processará o cantor? Porém, esse não será o único problema que o cantor está enfrentando na justiça.
Com toda essa situação, na manhã desta terça-feira (30), em entrevista á revista ‘Quem’, o advogado Ângelo Carbone, representante da Associação dos LGBTQIA+, que é liderada pelo deputado estadual Agripino Magalhães, contou que, em conjunto com o GECRADI (Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância), a associação entrou com uma liminar no Ministério Público, pedido que as atividades musicais do cantor sejam suspensas por 90 dias e exigindo o uso de tornozeleira eletrônica ou a prisão preventiva do mesmo.
Na entrevista, Carbone revela que Bruno não é mais um réu primário e afirma que, em outra ocasião, o sertanejo já se envolveu em um crime semelhante, saindo quase que de forma ilesa, já que apenas foi obrigado a pagar R$10 mil para a vítima.

“Tomamos conhecimento que o Bruno já não é mais primário. Ele é reincidente por crime semelhante e indenizou a vítima em R$10 mil. A impunidade é muito grave porque dá possibilidade a ele e aos seus ‘parças’ de fazerem o mesmo. Então, representando a Associação dos LGBTIQA+, optamos por tomar uma medida mais drástica. Será que ele está fazendo por maldade ou achando que pagando R$10 mil vai resolver e ficar impune?”
Logo em seguida, o representante da associação explicou detalhadamente como a liminar que foi acionada por eles funciona.
“Quando se entra com um inquérito criminal, manda-se para o Ministério Público. Se a instituição acha que a denúncia é inconsistente, não dá continuidade. No entanto, o MP percebeu que os LGBTs têm esse direito. Agora, através da GECRADI, pedimos a tutela de urgência para que esse criminoso tenha as atividades musicais suspensas por 90 dias com uso de tornozeleira ou até a prisão preventiva”, explicou.

Por fim, o advogado voltou a ressaltar que o cantor já cometeu um crime semelhante e afirmou que não podemos aceitar que, mais uma vez, as atitudes do cantor passem sem serem punidas adequadamente, levantando a hipóteses de que as agressões possam acabar virando homicídios.
“Ele já cometeu crime semelhante e não deu nada. Pagou R$10 mil e nada ocorreu. Agora fez de novo e não vai dar em nada? Uma mesa para assistir a um show dele custa R$100 mil. O que é R$10 mil para ele? Daqui a pouco eles não vão só agredir, vão matar os LGBTs! Não podemos aceitar! Será que é justo permitir que pessoas como esse sujeito fiquem impunes?”, finalizou.