Preparem os lenços, meus amores, porque o que aconteceu em Antônio Prado foi daquelas cenas que fariam Fellini levantar da tumba pra aplaudir de pé! O prefeito Roberto Dalle Molle e a representante da Prefeitura de Monselice, Elisabetta Volpito, selaram com emoção e história, o tratado que une oficialmente as duas cidades-irmãs, em um gesto que é pura poesia ítalo-gaúcha.
O ato simbólico, realizado no Espaço Cultura Princesa Érica Carlesso Forlin, marcou os 150 anos da chegada dos primeiros imigrantes italianos à Serra Gaúcha. E foi ali, entre sotaques, abraços e lágrimas de orgulho, que Antônio Prado reafirmou o título que o mundo já conhece: “A Cidade Mais Italiana do Brasil” e, agora, também uma das Melhores Vilas Turísticas do Mundo, reconhecida pela ONU!

A parceria, começou lá atrás, em 20 de maio, quando os ventos do Vêneto sopraram forte sobre Monselice. Desde então, a ponte entre as duas cidades cresceu como um vinho encorpado que só melhora com o tempo. E hoje, o que era sonho virou celebração, trocando burocracia por afeto e papel por promessa de futuro.

O prefeito Roberto Dalle Molle resumiu tudo num discurso de arrepiar: “Mon selice, assim como Antônio Prado, preserva com orgulho sua herança. Agora, a reciprocidade se concretiza em solo gaúcho, reafirmando nossos laços históricos e o compromisso com o futuro.”
Já a italiana Elisabetta Volpito, com um charme digno das piazzas de Veneza, respondeu à altura: “Celebramos algo maior — uma união de histórias, famílias e gerações. Este é um ato de amor entre comunidades que compartilham a mesma alma e o mesmo desejo de paz e desenvolvimento.”

A cerimônia teve presença de nomes importantes das duas cidades, vice-prefeitos, vereadores, líderes culturais e membros de entidades históricas como o Lions Club e as Sociedades de Mútuo Socorro. Todos reunidos sob um mesmo sentimento: gratidão aos imigrantes que moldaram o DNA cultural do sul do Brasil.
E, claro, não faltou emoção no auge do evento: a troca simbólica de quadros entre Roberto Dalle Molle e Elisabetta Volpito, num gesto que parecia dizer — “que esta imagem seja o espelho da nossa irmandade eterna”.

Com o novo tratado, Antônio Prado soma mais uma joia à sua coroa de laços internacionais, que já inclui Cavaion Veronese e Rotzo ambas na charmosa região do Vêneto. Um trio que faz jus à elegância, ao vinho e à força da imigração italiana no Brasil.
Antônio Prado não é apenas uma cidade. É um capítulo vivo da história da imigração, uma tela pintada com sotaques, cantos e receitas que atravessaram o oceano para florescer em solo gaúcho.