Olha, tem coisa que a gente lê, respira fundo e pensa: será que precisava?
Na última segunda-feira (27), o ator e diretor Antonio Pitanga foi o convidado do Roda Viva e resolveu trocar o script de militante pelo de escudeiro, sim, ele saiu em defesa apaixonada de Manuela Dias. Ela é a autora do polêmico remake de Vale Tudo, aquele mesmo que dividiu opiniões até no sofá da sua avó.
Com o charme que só Pitanga tem, o ator lembrou da parceria com Manuela no filme Malês, drama histórico sobre a Revolta dos Malês, o maior levante de pessoas escravizadas no Brasil e garantiu que a roteirista “vestiu a camisa”.
“A primeira coisa que ela me disse foi ‘eu não sou negra’. E eu falei: ‘Claro que é! Você nasceu na Bahia, é filha da Sonia Dias!’”, revelou Pitanga, como quem entrega uma epifania no ar.

O ator ainda fez questão de defendê-la dos ataques sobre o remake de Vale Tudo:
“Erraram a tinta. Foi demais. Se é pra fazer a mesma coisa, chama o Aguinaldo Silva, que já tinha feito com Gilberto Braga. Passaram do ponto.”
Pois bem. A fala caiu na internet como um café sem açúcar. Enquanto alguns aplaudiram o cavalheirismo de Pitanga, outros acharam que o ator se esqueceu do detalhe: a tinta do remake não foi apenas “demais” — ela virou um borrão coletivo de expectativas frustradas.

E embora ninguém questione o talento de Manuela, tem quem diga que essa defesa pública soou mais como um “cala a boca geral” do que como um argumento. Afinal, o público ainda tenta entender onde foi parar a alma da novela mais icônica da teledramaturgia brasileira.
No fim das contas, Pitanga fez o que sempre faz: falou bonito, com emoção, mas deixou o Brasil inteiro dividido entre o amor e a confusão. E, no meio do fogo cruzado, Manuela ganhou um aliado de peso. Só não se sabe se o público comprou esse romance.
 
										 
	 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
                         
							 
							 
							 
							