Amores, eu não vejo a hora de assistir aos próximos episódios da série Ângela Diniz no meu sofá de couro italiano. Pois bem, se você também vai assistir, eu trouxe cinco fatos que me deixaram passada:
Ângela era a “esposa perfeita” antes de virar símbolo feminista
Meus amores, pasmem: antes de virar manchete policial, Ângela Diniz era o retrato da mulher ideal dos anos 60, linda, casada, rica, mãe de três, presença nas colunas sociais de BH. Mas quando teve a audácia de pedir o desquite, perdeu a guarda dos filhos e ganhou o rótulo de “mulher difícil”. A série mostra a queda; você precisa saber da altura.

A imprensa transformou a vítima em vilã
E aqui a mamãe fica indignada: a vida pessoal de Ângela, festas, romances, liberdade, foi usada contra ela no tribunal. Pegaram cada erro, cada relação, cada rumor, e transformaram num dossiê moralista. A pergunta que ecoa até hoje é: quem estava sendo julgada? A vítima ou o ego do assassino?

O assassinato foi brutal e seguido de espetáculo midiático
Quatro tiros à queima-roupa, dentro da própria casa, em Búzios. E enquanto a família chorava, Doca Street dava entrevistas para revistas e programas de TV, posando de apaixonado devastado. A série mostra o crime, mas você precisa saber do show grotesco que veio depois.

O primeiro julgamento foi um escândalo nacional
Prepare o coração: a defesa alegou “legítima defesa da honra”. Sim, meus amores. Tentaram justificar o feminicídio dizendo que Ângela “provocou”. Resultado? Dois aninhos de pena, e Doca saiu pela porta da frente. Se isso não te deixar perplexo… nada mais deixará.
O caso virou símbolo e ajudou a mudar a Justiça brasileira
A revolta gerou o movimento “Quem ama não mata”, que sacudiu o país e virou marco do feminismo. Anos depois, o STF finalmente sepultou a tese da “defesa da honra”. Ou seja: a luta por Ângela moldou leis, mentalidades e a forma como o Brasil enxerga o feminicídio.

Por isso, ver a série sem saber disso é como assistir só metade da história. Com essas cinco chaves, meu amor, você entra na HBO entendendo Ângela como mulher, vítima, símbolo e ferida histórica e não apenas como personagem de drama policial.