Amadinhas, Ana Beatriz Godoi chegou no ensaio da Rosas de Ouro com aquele tipo de look que grita de longe: respeita a mãe da bateria. A musa surgiu esculpida no azul, cravejada até a alma, desfilando um figurino criado para honrar os ritmistas que a carregam no braço e na batida. E claro, porque a rainha sabe retribuir homenagem com glamour, intensidade e uma pontinha deliciosa de exibicionismo que a gente ama.
Dias antes, a escola inteira tinha colocado a foto dela até em tamborim, coroando a bela como a deusa da noite do Carnaval 2026. Imagina se Ana Beatriz ia deixar barato. Voltou pro ensaio com uma fantasia totalmente dedicada aos músicos, tipo um beijo cintilante na caixa, no repique e no surdo. Perua consciente faz assim.

E o processo criativo? Ah, segura. A rainha jura que não sabe desenhar, mas entrega rabisco, seta, flecha, boneco torto… e os ateliês entendem tudo. Quem é boa é boa até sem régua. Ela inventa, tira, põe, brinca, refaz, manda áudio, manda foto, manda ideia no meio da madrugada. E os figurinistas, coitados, já decoraram: quando ela chega com um desenho estranho, é porque vem uma ideia mais brilhante do que paetê em holofote.

Cada look nasce de uma sensação, uma frase, um símbolo, um surto criativo carnavalesco que vem do nada e vira tudo. Ana Beatriz quer vestir significado, não só pedraria. Quer que a comunidade olhe e pense isso é nosso. E participa de cada etapa, como boa rainha que não sabe ficar quieta enquanto tem purpurina no ar.

No fim, seus rabiscos viram fantasia, suas ideias viram poder e seu desfile vira fenômeno. E a Rosas? A Rosas agradece. Porque quando Ana Beatriz gira, minha filha, até a avenida dá close.