Amores, estava aqui me preparando para uma viagem, quando minhas amigas de São Paulo me ligam pra contar que Cristian Cravinhos, condenado no caso Richthofen, voltou aos holofotes. E não foi por bons motivos. A série Tremembé, produção do Prime Video que dramatiza a rotina do presídio mais midiático do país, retratou o personagem inspirado nele em uma sequência que levantou sobrancelhas: uma cena em que o detento aparece de lingerie dentro da cela. Bastou o episódio cair na timeline para a internet incendiar.

Cravinhos não gostou nada da “versão ficcional” e correu às redes para se defender. Num comentário cheio de indignação, escreveu: “A série é mentirosa! Acordem!!!”. Questionado sobre o que seria invenção, foi além: “Praticamente tudo. Tudo pelo Ibope.” Em bom português, o recado foi claro: ele acusa os roteiristas de transformar a história em espetáculo.

Enquanto isso, o perfil dos lindos do POPTime debochou com a frase que virou trending topic: “Assassino sim, homem de calcinha jamaiSSS!”. O tom de ironia virou combustível para os memes, que misturaram prints, comentários e vídeos com trilhas dramáticas de novela.

Nos bastidores, o barulho só ajuda Tremembé a continuar dominando as conversas. A série, que mistura fatos reais com licenças poéticas, já tinha provocado discussões sobre o limite entre arte e sensacionalismo. Agora, o debate se amplia: até onde uma produção pode ir ao reinventar crimes que ainda vivem na memória do público?
Fato é que, entre o “mentirosa” de Cravinhos, a penitenciária virou palco para um novo julgamento, o da reputação. E, nesse tribunal digital, a sentença é sempre a mesma: quem grita mais alto, ganha o feed.