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Kátia Flávia
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“A mente não é sua melhor amiga”: Hugo Miyazaki revela o método mental que desafia o conforto e promete transformar vidas

Com mais de 20 anos de atuação, especialista em comportamento humano une medicina oriental e desbloqueios emocionais para mostrar que, por trás daquilo que acreditamos ser verdade, existe um nível mais profundo capaz de destravar a prosperidade, as relações e o propósito.

Kátia Flávia

16/12/2025 13h30

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Hugo Miyazaki desenvolveu um método que integra medicina oriental e desbloqueios emocionais para transformar padrões mentais.

“A mente não é sua melhor amiga.” Essa frase, que vem tomando conta dos vídeos nas redes sociais de Hugo Miyazaki, costuma causar estranhamento à primeira vista. Afinal, por gerações aprendemos que devemos ouvir nossos pensamentos, buscar conforto e evitar o desconforto a todo custo. Mas, segundo o profissional da saúde mental, essa lógica é justamente o que mantém milhares de pessoas presas a ciclos de sofrimento, estagnação e autossabotagem.

Com mais de 20 anos de experiência integrando medicina oriental e desbloqueios emocionais, Hugo Miyazaki desenvolveu um método próprio que parte de uma premissa direta e provocadora: “Por trás da sua verdade, há uma outra verdade.” É a partir desse conceito que ele orienta pessoas a identificar padrões inconscientes herdados do passado, muitas vezes da própria história familiar, e a reprogramar a relação com a mente.

Reconhecido pelo trabalho transformador que já impactou milhares de vidas, Hugo foi condecorado com a Medalha da Ordem do Mérito das Forças de Paz do Brasil, concedida pela Associação Brasileira das Forças Internacionais de Paz, em junho de 2025. Para ele, o reconhecimento não foi um fim, mas uma consequência de uma missão que começou de forma pessoal e dolorosa.

Antes de se tornar um especialista em saúde emocional, Hugo viveu na pele o conflito entre mente, corpo e escolhas. Ao buscar ajuda para dores intensas e após receber um diagnóstico médico pessimista, ele recorreu à medicina alternativa oriental no Japão. Foi ali que ouviu uma frase que mudaria tudo. “A sua vida não está errada, o seu corpo não está doente, é a sua alma que está errada e doente”, disse seu mestre. Na visão apresentada a ele, a alma era composta por pensamentos, sentimentos e escolhas. O ensinamento seguiu ainda mais fundo: “Se você curar a sua alma, o seu corpo se autocura, a sua vida irá tomar o rumo da vida que você deseja viver e não o que a sua mente quer viver”.

A partir dessa experiência, Hugo passou a observar algo que se repetia em sua própria história e na de seus pacientes, a mente sempre tende a escolher o familiar, mesmo quando esse familiar é o caos. “Foi quando aprendi que quem escolhia era minha mente com uma programação vinda do passado para viver uma vida de caos”, relata.

Segundo Hugo, a mente humana opera, acima de tudo, em modo de autopreservação. Qualquer mudança exige energia, gera ansiedade, medo e desconforto. Para a mente, isso representa risco. O resultado é a manutenção de padrões antigos, ainda que sejam dolorosos. “Tudo que é diferente, tudo aquilo que a pessoa não conhece, nunca fez, nunca viveu para a mente é terreno perigoso”, explica. Assim, relações conturbadas, dificuldades financeiras ou ciclos de frustração se repetem não por falta de esforço, mas porque a mente luta para manter o que já conhece.

Esse mecanismo fica ainda mais evidente em quadros extremos, como a depressão. Em um de seus vídeos mais compartilhados, Hugo descreve esse processo de forma decisiva: “Não aceite mais você viver nessa condição, entendendo que a sua mente não é sua amiga. Ela não quer você no sucesso. A sua mente não quer você vivendo na felicidade. A sua mente só quer uma coisa, manter onde você está… Lutar contra você mesmo, contra sua mente, essa é a maior batalha da sua vida”.

Para ele, a depressão representa o ponto máximo do controle da mente, quando a pessoa já não consegue realizar nem tarefas básicas, mesmo sabendo racionalmente o que precisa fazer. “Porque quem está no controle é a mente e não mais a pessoa”, afirma.

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Com mais de 20 anos de experiência, Hugo defende que treinar a mente é o caminho para romper ciclos de estagnação e autossabotagem.

O método de revelar a verdade oculta

O método criado por Hugo parte da identificação dessas programações invisíveis. Segundo ele, uma das mais fortes está ligada ao conceito de “honrar pai e mãe”. Não no sentido positivo, amplamente difundido, mas na repetição inconsciente de histórias de escassez, sofrimento, doenças ou relacionamentos conturbados.

Ao trazer essas repetições à consciência, o processo deixa de ser vivido como trauma e passa a ser ressignificado como gratidão. “Isto vai destravar a vida da pessoa e em vez de mágoas e tristezas se transforma em gratidão e amor pelos pais”, explica.

Outro pilar central do método está na quebra da lógica do conforto. Para Hugo, a prosperidade raramente nasce do que é fácil ou agradável. “O sucesso não está fazendo o confortável, o sucesso está no fato da pessoa aprender a gostar de fazer o que é o desconfortável, fazer o desconhecido”, ensina.

A partir disso, surge o conceito que sustenta o seu trabalho: “Por trás da sua verdade, há uma outra verdade.” Aquilo que aprendemos como certo pode, na prática, estar nos mantendo exatamente onde estamos, em um estado de estagnação.

Quando a mente vira aliada

O objetivo final do método criado pelo especialista não é “vencer” a mente, mas treiná-la. Torná-la aliada. O processo envolve exercícios práticos, meditações guiadas e uma mudança radical de postura diante da própria vida. Muitos alunos relatam melhorias rápidas no sono, na disposição e até em dores físicas. Também existem casos de melhorias durante tratamentos de doenças, no estado emocional, em relacionamentos, como no casamento, com filhos, com a família, além de destravamento profissional e financeiro.

Casos marcantes não faltam. Entre eles, o de uma aluna com diagnóstico de reincidência de câncer no fêmur, que chegou ao programa sem conseguir sair da cama. Após meses de trabalho terapêutico e meditações guiadas, Hugo relata que os exames mostraram recuperação óssea muito além do esperado pelos médicos. Outro exemplo vem da Argentina, onde uma relação marcada por conflitos extremos entre mãe e filha se transformou em amizade profunda após a inversão do olhar sobre a própria história.

Uma mensagem para quem se sente preso

Para Hugo, reconhecer que precisa de ajuda não é um sinal de fraqueza, é o primeiro passo para romper o que ele chama de “teto de vidro”. “O reconhecimento das limitações é descobrir o seu teto de vidro, significa que daquele patamar em diante a pessoa não vai evoluir mais”, afirma. “Para ultrapassar o teto de vidro a pessoa precisa de ajuda e essa ajuda não está na mente de quem ela convive. Essa ajuda está na mente de pessoas que ela não conhece. Sem ajuda externa, com novos conhecimentos, com novos ensinamentos, a pessoa não ultrapassa o teto de vidro”, complementa.

Sua recomendação é que antes de buscar mentorias financeiras, profissionais ou estratégicas, é preciso compreender a própria mente, suas programações e repetições. Só então a mudança se sustenta. “A porta da minha vida está aberta para todos”, diz.

Para quem se reconhece cansado, repetindo padrões e vivendo no automático, o convite de Hugo Miyazaki é olhar para dentro, questionar a própria verdade, e se permitir descobrir a outra que está por trás dela.

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