Larissa Galli
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Cinéfilos do Distrito Federal não têm do que reclamar. Os próximos dias estão recheados de filmes, entre curtas e longas, inéditos e clássicos, nacionais e internacionais. E o melhor: é tudo de graça. Entram em cartaz nas telonas da capital o 12º Festival Taguatinga de Cinema, no Teatro da Praça; a mostra Som: A História que Não Vemos, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB); e o Immersphere – 1º Festival Internacional de Fulldome de Brasília, no Planetário.
O som se torna o principal protagonista da programação que chega ao CCBB (Setor de Clubes Esportivos Sul), a partir de quinta-feira. A História que Não Vemos traz longas-metragens que marcaram a história da utilização do som no cinema, desde o primeiro filme com áudio sincronizado à imagem, O cantor de Jazz (1927), de Alan Crosland, até produções recentes do cinema nacional como O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça. “A sétima arte sempre quis ‘falar’. Mesmo quando eram mudos, os filmes se aproveitavam de músicas que intensificavam a experiência visual e ajudavam a esconder o ruído dos projetores. Cineastas como D.W Griffith e Fritz Lang faziam partituras de músicas específicas para serem tocadas com o filme”, destaca o curador Bernardo Adeodato.
Filmes de todos os gêneros, épocas e origens fazem parte da programação. Diretores consagrados como Sergio Leone, Stanley Kubrick e Francis Ford Coppola vão ter suas produções exibidas até dia 19 de novembro, gratuitamente. Além disso, sessões infantis, com a exibição da animação da Disney Fantasia (1940), o primeiro filme feito em surround, e Wall-E (2008), de Andrew Stanton, acontecem nos fins de semana. A programação completa e a classificação indicativa de cada produção pode ser conferida no site culturabancodobrasil.com.br.
Mulher na telona
O tradicional Festival Taguatinga de Cinema acontece há mais de 18 anos exibindo curtas-metragens nacionais. Este ano, o evento toma conta do Complexo Cultural Teatro da Praça de Taguatinga a partir de amanhã, e onde fica até sábado.
Segundo a coordenadora geral do evento Janaína André, o festival “prima pelo destaque aos filmes de produção independente, abrindo um espaço mais democrático para a produção audiovisual”. Por isso, ela salienta que os filmes selecionados são formados por “narrativas lineares e experimentais, com poéticas que prezam pela emancipação social, engajamento político, com um olhar mais voltado para a comunidade”.
Esta edição do festival taguatinguense tem como tema central “Nossa Porção Mulher”, como diz a canção de Gilberto Gil. De acordo com Janaína, todos os filmes exibidos seguem narrativas sensíveis, com ideais e valores femininos relacionados à defesa de direitos trabalhistas, sociais e igualdade de gênero. “O objetivo é propor um olhar mais sensível, abranger o ativismo negro e LGBT; e trazer a porção mulher, o lado generoso, acolhedor, presente no feminino com mais vivacidade”, explica.
Além da exibição dos filmes, debates, painéis sobre o mercado audiovisual de produção independente, o Tagua Mapi, e o seminário sobre mídias digitais AÚ MiDi também fazem parte da programação.
Programação de manhã, à tarde e à noite
A programação do Festival Taguatinga de Cinema está dividida em três mostras: Infantil (pela manhã), Paralela (à tarde) e Competitiva (à noite). Os filmes selecionados para a Mostra Competitiva Nacional concorrem aos prêmios de melhor filme, pelo Júri Oficial, no valor de R$ 5 mil; melhor filme, pelo Júri Popular, de R$ 2 mil, e filme mais votado on-line, R$ 1 mil.
Durante todos os dias de festival, o Complexo Cultural Teatro da Praça se transforma em um ponto de encontro e entretenimento com praça de alimentação, feira e música – comandada pelos DJs Gerson Deveras, Savana e Itin do Brasil. Amanhã, a taguatinguense Thábata Lorena faz o show de abertura. Liniker e os Caramelows fazem o show de encerramento, no sábado.
Todas as atividades têm entrada franca e a programação completa está disponível no site festivaltaguatinga.com.br. A classificação indicativa varia de acordo com o filme.
