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Exposição de esculturas “Brasília III Milênio” projeta utopia do amanhã no Espaço Oscar Niemeyer

Abertura da mostra do escultor Rogério Reis será nesta quarta-feira (17). Cada escultura temática é associada a um dos monumentos da cidade

Redação Jornal de Brasília

15/08/2022 13h57

Foto: Carlúcio Lima

Pensar e experimentar Brasília a partir do que ela representa de semente do amanhã. Essa é uma das propostas do conjunto de 10 esculturas de aço do artista Rogério Reis, que podem ser vistas a partir desta quarta-feira (17) até o dia 28 de setembro na exposição “Brasília III Milênio – Utopia do Amanhã”, no Espaço Cultural Oscar Niemeyer.

O escultor nascido no Rio de Janeiro e criado em Brasília parte justamente do diálogo com as curvas modernistas do arquiteto para apresentar a capital do país como referência de uma Nova Era. Rogério Reis define sua linguagem como escultura fluida. Na exposição, cada escultura temática é associada a um dos monumentos da cidade. Uma escultura de cinco metros foi instalada na entrada do espaço em homenagem à Niemeyer. No salão, as obras estão agrupadas por temas: Gaia, Jasper Terral, Canto das Três Raças, Luna, Pytuna Ibak, Pele Preta, Pendulum, Turmalina Negra, Iemanjá e Void Corten.

Na abertura da exposição, marcada para esta quarta-feira, às 19h, o escultor também irá apresentar um manifesto no qual projeta a cidade como uma utopia do amanhã. Mais do que o sonho de Dom Bosco, Brasília seria a Terra-sem-males dos Guaranis, guardiã das Florestas e promessa mística para a humanidade. O artista defende, inclusive, que a cidade seja sede de uma nova agência das Nações Unidas, a ONU Ambiental.

“Brasília será a sede de um novo pensamento que reconsidere nossa atuação sobre a Terra, um pensamento ancestral e revolucionário que nasce dos povos originários, e que consideram a Terra como mãe, não como alegoria, mas como uma nova perspectiva cognitiva onde todos estamos imersos em uma rede de consciência”, aposta Rogério Reis. “A revolução científica e industrial, que moldaram o mundo moderno, está em crise, é um modelo esgotado, incapaz de lidar com o futuro. Um novo Renascimento há de surgir em Brasília para guiar o novo milênio.”

A exposição “Brasília III Milênio”, originalmente, previa apenas a divulgação nas mídias sociais, pois é fruto de um edital do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC-DF) on-line, da pandemia. Diante da qualidade dos filmes, do conceito e das obras, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa ofereceu o Espaço Oscar Niemeyer.

Os filmes conceituais das esculturas sobre a cidade de Brasília (sinopse em anexo) estão sendo divulgados nas principais cidades do Brasil e em cinco importantes cidades do mundo (Nova York, Paris, Londres, Pequim e Lisboa) através do instagram do artista @atelierrogerioreis. Em Brasília, as projeções acontecem no auditório do Espaço Oscar Niemeyer.

Sobre o artista

Rogério Reis é escultor em Brasília, graduado em design pela UFRJ e estudos no Parque Lage (RJ). Desenvolveu o conceito das Morfoses, linguagem em escultura fluida sobre transformação e utopia. Artista com identificação em Brasília, suas formas foram influenciadas pelas curvas de Niemeyer. No Brasil, sua obra tem proximidade com Tomie Ohtake e no exterior com Anish Kapoor.

Atualmente, ele trabalha na finalização de quatro esculturas coloridas de aço com 6 metros de altura cada, com a temática das origens ancestrais dos Orixás femininos ligados à pureza das águas conhecidas como Yabás. Elas serão instaladas no Parque das Águas Claras.

“A cultura negra é um dos pilares da formação do povo brasileiro. Os Orixás femininos das águas, oriundos da África, fazem parte do contexto ambiental e cultural de nossa formação”, ressalta Rogério Reis. “É a valorização da democracia plural da cultura brasileira, é a afirmação da diversidade como modelo e referência de democracia racial para os povos do mundo. Neste sentido, é importante a aquisição de símbolos que traduzam a diversidade desta nação.”

Serviço
Exposição “Brasília III Milênio – Utopia do Amanhã”
Esculturas de Rogério Reis
De 17 de agosto a 28 de setembro
Espaço Oscar Niemeyer (Praça dos Três Poderes)
Abertura da exposição quarta-feira (17), 19h
Entrada gratuita 

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