A Coletiva REBU encerra o mês da Visibilidade Lésbica com a REBU Clube neste sábado (31/08), às 15h, no Teatro Arena do Guará, em Brasília. O evento é gratuito, com ingressos disponíveis no Sympla, e conta com um line-up variado, incluindo o Trio REBU (Dayse Hansa, Loly Alves e Rafaella Ferrugem), a cantora AÍLA, Roberta de Razão, DJ Paula Torelly, DJ Gvacch e a dançarina Yanca Assem. Além das apresentações musicais, o público poderá desfrutar de mesas de jogos, brinquedos infláveis, uma Feirinha Livre e rodas de conversa sobre temas LGBTQIPA+. Para facilitar o acesso, haverá transporte gratuito com o “SAPABUS”, saindo da Rodoviária do Plano Piloto.
Dentre as atrações, destaca-se a banda feminina Batalá, que promoverá a cultura afro-brasileira por meio de músicas autorais, tocadas ao som de tambores e ritmadas pelo samba reggae, combinando dança e forte inspiração rítmica.
Visibilidade
Agosto marca datas importantes como o Dia do Orgulho Lésbico (19) e o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica (29). Nesse contexto, a Coletiva REBU, nascida em 2018, tem se destacado no Distrito Federal como um ícone de inclusão e diversidade para pessoas lésbicas, bissexuais, transexuais e não binárias. Fundada pelas DJs e produtoras culturais Dayse Hansa, Loly Alves e Rafaella Ferrugem, a então festa REBU transcende esse conceito inicial e emerge como um movimento cultural que promove visibilidade e empoderamento.
Inicialmente voltada para a comunidade lésbica, a REBU rapidamente se estabeleceu como um espaço seguro e inclusivo para celebrar a diversidade de identidade. “Começamos como uma celebração voltada ao entretenimento, mas logo percebemos que nosso espaço atraía uma variedade de vozes e identidades que não encontravam representatividade em outros lugares”, relembra Loly Alves. Desde então, a coletiva tem desempenhado um papel de protagonismo na luta pelos direitos e pela visibilidade da comunidade LGBTQIAP+ no Distrito Federal.
Um espaço de acolhimento e resistência
Dayse Hansa, uma das fundadoras, destaca que a criação da REBU foi impulsionada pela vontade de criar um ambiente seguro e acolhedor para a comunidade LGBTQIAP+. “Desde 2018, nosso impacto tem sido enorme, proporcionando um ponto de encontro para aqueles que não recebem esse acolhimento em outros espaços”, afirma. A evolução da REBU para um projeto cultural inclusivo aconteceu de maneira natural, à medida que o coletivo percebeu a necessidade de ir além do entretenimento, e passou a integrar ações afirmativas e promover debates sobre diversidade e inclusão.
Criar e manter um ambiente seguro para a comunidade LGBTQIAP+ sempre foi um desafio. “Um dos maiores obstáculos foi estruturar um espaço que garantisse a segurança física e emocional de todos os participantes dos nossos eventos”, explica Dayse. Mesmo diante das dificuldades, a REBU continua a se dedicar à criação de um ambiente acolhedor, onde a expressão de cada identidade é celebrada plenamente.
Música: a ponte para a diversidade
A música é uma força central na mensagem de inclusão e diversidade transmitida pela REBU, ao unir as pessoas e transcender barreiras. “O som da REBU é plural, assim como as identidades que representamos. Por meio da música, mostramos que não há uma única forma de ser ou de existir, mas sim múltiplas maneiras de viver, amar e se expressar”, ressalta Rafaella Ferrugem.
Para ela, a música autoral de artistas locais é central para a REBU, valorizando a autenticidade e as experiências de vida que esses artistas expressam. Eles encarnam o espírito de inclusão e resistência da REBU, trazendo novas perspectivas e ampliando a diversidade cultural para criar um espaço mais inclusivo. Afinal, o que a REBU quer mesmo é estabelecer uma conexão genuína com o público, fazendo com que todos se sintam representados e acolhidos em um espaço que valoriza e celebra a autenticidade e a diversidade.