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Makossa de volta ao lar para comemorar os vinte anos da festa

O evento acontece no dia 23 de abril, das 22h às 06h e no dia 24 de abril, das 15h às 00h; na Galeria dos Estados

Redação Jornal de Brasília

22/04/2022 10h45

O evento acontece no dia 23 de abril, das 22h às 06h e no dia 24 de abril, das 15h às 00h; na Galeria dos Estados

Foto: Shake It/Divulgação

Com vários elementos da arte urbana, hip hop e black music, a Makossa Baile Black está de volta nos dias 23 e 24 de abril, para celebrar os 20 anos de história, voltando para casa, onde tudo começou na Galeria dos Estados. Além dos dois anos de pandemia, com o desabamento no local em 2018, uma reforma tocada pelo governo local foi entregue à população em junho de 2020. E assim, a Makossa retorna a suas origens, com uma programação de dois dias, trazendo 39 atrações na semana do aniversário da capital. Os ingressos do baile custam R $40 (inteira) por dia ou R $80 (inteira) pelo passaporte, e estão à venda no site do evento. No sábado a festa acontece das 22h às 06h, e no domingo acontece mais cedo, das 15h às 00h.

Serão três palcos: Palco Galeria, Palco Norte e Palco Sul. Com novos nomes das pistas de hip hop a DJs e MCs que fazem parte da história da festa. No Palco Galeria, um revezamento de artistas locais, nacionais e internacionais promete levar grande público à Galeria dos Estados. A edição de comemoração de vinte anos da Makossa, é produzida pela LCA Produções, junto com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do DF, e conta com fomento do Fundo de Apoio à Cultura e apoio da Budweiser.

Um exemplo a ser seguido na noite da capital, o festival é produzido por Chicco Aquino e Leo Cinelli. Leo, além de produtor cultural, é cenógrafo e arquiteto, e ele explica que a ideia por trás da festa, era fazer algo diferenciado. “Em meados de 2003, foi quando a gente começou a festa, nessa época queria fazer algo que contemplasse um local de fácil acesso para contemplar pessoas do Plano e de fora, e ali era perto da rodoviária. E a gente queria um lugar que tivesse uma forma de todo mundo chegar, então o centro é o ponto de convergência, as pessoas que estão no Plano passam por ali, se voce vem do Guará pega ônibus, se vem da ceilândia pega metrô – na época nem tinha metrô, mas ali era um ponto ainda onde todo mundo sempre passou”, pontua. 

Foto/Reprodução

Ele vinha da produção cultural de eventos eletrônicos, mas queria trabalhar com o charme, com os passinhos de hip hop.  “Porque eu sempre tive um lado puxado para isso, eu tinha grupo de break quando era adolescente”, afirma. Então a ideia, era fazer um evento diferente no centro da cidade, com a temática da cultura black, do hip hop e arte urbana. “Junto com um manifesto que a gente se perguntava:estamos no centro da cidade, e cadê os cinemas, as boates, os cafés, as coisas acontecendo? Então, a gente trazia nossa história, nosso role e um pouco de cultura para o centro da cidade”, reflete. 

Para Leo, hoje o centro da cidade, e principalmente a Galeria dos Estados, já não estão  tão abandonados como estavam antes. “Porque teve que acontecer essa tragédia da queda do viaduto, para revitalizar e agora se tornar um ponto que todo mundo está lá. É engraçado, é uma relação muito louca, porque sempre valorizamos aquele lugar, que não era bem quisto pelas pessoas por ser meio deteriorado, ninguém dava muita bola”, destaca. 

Então eles começaram pequenos, dentro da Churrascaria Floresta, em que a dona os recebeu desde a segunda festa, já que a primeira, na verdade, foi no Conic. “Porque a gente sempre pensou nessa questão da mobilidade de fácil acesso”, lembra. “E aos pouquinhos, fomos crescendo e saiu ali de dentro do restaurante, e foi aumentando ao longo do tempo, até chegar onde tava com duas pistas lá fora. E hoje estamos voltando para casa, algo histórico para a gente. Voltando com algo diferente, voltamos num espaço totalmente revitalizado. Um lugar novo para a gente retomar a nossa história”, comenta.  

Ele aponta que está no DNA da festa a mistura das questões da arte urbana, cultura do hip hop e cultura black. E esses três pilares da festa, a fez ficar famosa por trazer grupos de dança de várias vertentes. Ao longo dos anos, eles começaram a escrever projetos para o Fundo de Arte e Cultura do DF. Essa edição da festa inclusive é contemplada pela FAC. “E isso extrapolou as barreiras do evento, e criou uma demanda de formação de artistas e produtores dentro da história da festa”, relata. Leo conta que com a FAC, tinha as contrapartidas de oficinas como as de dança e grafite, e palestras de comportamento. E isso fez com que a Makossa alcançasse outro patamar, e virar um veículo que estava transformando as pessoas, ministrando cursos e dando certificado. “Esse rolê que volta para a gente. A gente despertou a sementinha artística nas pessoas para fomentar nosso próprio mercado, seja ele cantando, fazendo aula de dj, aula de grafite”, cita. 

Inclusive, Leo destaca que em 2021,  com o dinheiro do caixa da Makossa, eles produziram um EP  de duas artistas de Brasília pelo selo Makossa.  Realleza e Safira, são duas artistas que cresceram com a Makossa e vão tocar nesta edição. “Não tem festa que faça esse tipo de coisa que a gente faz, de produzir e lançar nas plataformas. A gente trabalha, porque a gente acredita muito no artista local aqui de Brasília”, salienta. Para o produtor, a festa tem um cuidado com a música e com a dança, com a valorização dos DJ’s, os artistas principais da festa.

Os DJ’s

Um dos DJ’s que vão marcar presença na festa, é o Umiranda. Ele acredita que eventos como a Makossa, são fundamentais para que essa estrutura de festas continue acontecendo. “E o bom da Makossa, é que ela é uma festa/festival, não é só uma estrutura de estar ali numa festa, você tem um grupo de dança, um stand com galera fazendo grafite, tem camisas sendo vendidas, tem toda uma experiência que atua em várias coisas, é para além da música, uma arte viva rolando”. Para além disso, o que ele mais gosta, é da valorização dos DJ’s, para ele, é uma festa que é basicamente só DJ’s tocando, uma festa que valoriza muito essa cultura. “As pessoas vão lá para ouvir a gente tocar, e a Makossa fortalece muito essa cultura dos disc jockeys”, disserta. 

Umiranda considera que é sua estreia na Makossa agora, apesar de ter tocado a alguns anos numa batalha de dança. “Vou levar algumas surpresas para o meu set, algumas convidadas e convidados, vai ter muita dança, moda, Brasil, muito afrobeat. Ao mesmo tempo, estou trazendo a questão do hip hop que a Makossa tem muito isso, a galera do charme, um misto de black music”.

Foto/Reprodução

Nascido em Minas Gerais, fez de Brasília, a sua casa nesses últimos três anos e meio. Para ele, a música é o fio que une todas as coisas que ele faz. Ele tem um grupo de dança, o REMIWL Street Crew. E desde que começou a dançar em 1999, procurava lugares que tocassem as músicas que ele gostava de dançar. “A galera da dança, quando sai para eventos, quer sair para dançar, especificamente pra isso, e na minha cidade não tinha muitos lugares que tocassem músicas que a gente gostasse de dançar”, conta. Como ele gostava muito de música, ele fazia a coreografia de seu antigo grupo, e também as colagens musicais, a ausência de DJ’s que tocavam o que ele queria, o levou nessa jornada da discotecagem. 

Quando ele começou a tocar, foi em eventos de dança, e por meio da dança ele tocou em São Paulo, Rio de Janeiro, e Goiânia. Então as coisas foram mudando e ele começou a entender mesmo o que era ser DJ. E quando  ele chegou em Brasília com a vibe de afrobeats, sentiu que por aqui não tinha muito isso. Para ele, a capital é uma cidade muito tradicional, ao mesmo tempo que é muito curiosa, e ele sentiu que as pessoas queriam conhecer o que ele tinha a oferecer, mas ainda estavam apegadas ao que estavam acostumadas antes. Umiranda, sempre dava um passo para trás, para entender o cenário, porque além de estar chegando em Brasília, era um DJ que estava começando.

Multifacetado, o DJ, dançarino e coreógrafo, percebeu que todo mundo é único, mas que ele estava indo para um caminho diferente de vários DJ ‘s. Mas, ao invés de se frustrar com isso, percebeu que tinha algo diferente a oferecer para o público. Nos sets dele, ele também dança. “Para mim, música é um diálogo, é uma troca, estou trocando vivências, histórias, a música fala muito, fala do seu primeiro beijo, do dia que você sofreu muito, porque música é vida, é revolucionário e quando eu estou tocando, tem que ser uma coisa viva, porque a música é viva”, afirma. 

Nesta edição, é a primeira vez que vai ter uma atração com uma cantora, a Flora Matos, que por sua vez foi a primeira artista que o Chicco Aquino produziu. Então, Umiranda recorda que tem toda uma questão com a construção da Makossa e da edição de 20 anos, trazendo a Flora com quem ele trabalhou com no início da carreira. E agora eles se encontram em outro momento. A cantora, inclusive, está voltando à capital para promover o álbum novo, ‘Flora de Controle’. 

Foto/Reprodução: Flora Matos

Responsabilidade de tocar nos vinte anos do evento

O mago das pick-ups do grupo Racionais MCs também vai estar presente no festejo. Para ele, quem toma a frente de fazer um projeto como a Makossa, ou o Sintonia – um evento de São Paulo que completou 20 anos também em abril, para durar tanto tempo, tem que ter um propósito além da fama e do dinheiro. “Quem segura essa onda, quem levanta essa bandeira, toma frente de um projeto deste, inclusive sendo DJ, está ali não só para divertir as pessoas, mas proporcionar algo diferente. O makossa não é só uma balada, que as pessoas vão se divertir, beber, enfim”, comenta. 

Para ele, um projeto de música real como este, tem como intuito divertir as pessoas, mas proporcionar também uma movimentação diferente com alegria, informação, diversão e revolução. Ele acredita que as festas da Makossa foram evoluindo para vários tipos de discotecagem e comemoração, bem como que para várias homenagens KL Jay ressalta que eles sempre trazem DJ’s variados, internacionais e do Brasil. E nesse meio tempo, eles fizeram promoções e ajuda, com as festas beneficentes. “Entende? Tem um propósito. Não só uma festa. É até como se fosse uma missão, uma coisa missionária, resgatar as pessoas através da música e da cultura, eu vejo assim”, frisa. Senão, para ele, esse projeto não durava tanto tempo. Porque ele acredita que projetos como esse tem altos e baixos, e no meio do caminho acontecem imprevistos, acidentes, festas vazias, brigas e intrigas. “Então, chega num determinado ponto do caminho, você quer parar porque tá dando problema, mas é uma missão que você tem também”, afirma. 

“Vejo o Makossa como o meu projeto Sintonia. De servir o cliente e proporcionar algo maior. Eu sou muito grato de ser chamado, sempre fui chamado e sempre fico muito feliz”, comenta. Ele tem uma relação especial com a Makossa, e considera um privilégio poder fazer parte e poder contribuir para esses vinte anos de festa.  “Acho que vai ser um sucesso”. Sempre quando ele vai tocar é um desafio, e na Makossa então Para ele, tocar nesse evento tem um peso a mais por ser uma festa com um conceito. “Não é uma festa engessada, tem conceito de diversidade e música boa, do tempo em Brasília, tem peso. Um projeto grande. Pra mim, sempre é uma grande responsabilidade tocar na Makossa”.  

Ele afirma que a agenda pessoal dele, e a agenda dos Racionais está lotada até o final do ano. E ainda  com a gravadora KL Música lançando carreiras alternativas. Ainda este ano, também vai ser lançado um documentário do Racionais na Netflix, com entrevistas antigas e novas, sobre esses trinta anos que o grupo está junto. 

Foto/Reprodução

A missão de ser DJ

O DJ Nyack, é um dos nomes a tocar no evento. Falando em missões, para Nyack, ser DJ é uma missão que ele abraçou. “É  o que me move. A cultura hip hop me deu esse presente, exercer uma profissão da qual o objetivo dela é trazer alegria através da música, ser a sessão de terapia de alguém por algumas horas, é muito maior do que eu isso tudo. A música me trouxe um propósito, um motivo pra seguir em frente, amigos. A música me deu vida!”. Para ele, a música é o ponto de encontro onde as pessoas celebram juntas apesar de suas diferenças, seja ela religiosa, política etc. Música é sentimento transcendental, e ele acredita que a Makossa trás essa experiência para quem tem a oportunidade de ir em alguma edição. “A importância de eventos como a Makossa voltarem, é mostrar para a comunidade que estamos de pé, aos trancos e barrancos, mas estamos aqui, vivos, e resistiremos pois o mundo sem arte fica sem graça, sem vida”, afirma.  

Segundo ele, esse retorno, mesmo que aos poucos, vai ser uma injeção de ânimo para a comunidade e também para o público, que ficou muito carente nesse hiato de mais de 2 anos sem eventos presenciais. “Um respiro de vida que a gente ganha através do que a arte pode nos proporcionar”, reflete. De acordo com Nyack, essa vai ser a 3ª vez que participa da Makossa. “E minha expectativa tá lá em cima. Poder dividir o line com alguns amigos de longa data que admiro demais o trabalho como: Dj A, Chicco Aquino, Bruno X do RJ, Umiranda, KL Jay entre vários outros que me inspiram também, assim como o Skratch Bastid é gratificante demais pra mim”, cita. 

Ele acredita que os eventos como a Makossa são mais do que necessários, assim como a Melanina, Festival Satélite 061, Festa BoomBap, e Jam do Museu. Porque, segundo ele, além de mostrar artistas de fora do DF, mostram também a cena da cidade. O que é muito importante, pois se a cena da cidade não se movimenta, não tem como artistas como ele por exemplo, estar em eventos como esse. “Por isso que a presença do público nesses eventos, é mais do que essencial, para que a cena se mantenha em pé”. 

Ele vem a Brasília desde 2009, e teve a honra de ter contato e trabalhar com alguns nomes como: Ellen Oléria, Flora Matos, Ataque Beliz. “Um artista que eu admiro muito, é o Jean Tassy”, completa. No cenário dos dj’s, ele observa que Brasília tem muitos artistas talentosos, como a Janna, Donna, e outros. Para ele, o que leva o cenário musical nas costas em diversas formas, e dá muito ânimo de continuar. “Brasília é uma das cidades que eu mais amo tocar do mundo! Eu me sinto muito à vontade, e a receptividade do público para comigo e para com meu set é sempre massa”, destaca. 

Um canadense no set brasiliense 

A Makossa recebe o DJ canadense Skratch Bastid, que navega entre o hip hop, o reggae e o rock, com o estilo que ele chama de turntablism. Bastid é DJ embaixador da Red Bull 3Style e já foi indicado ao prêmio de produtor do ano pelo Juno Music Award. Essa vai ser a quarta visita dele ao Brasil, e ele sempre fica empolgado ao voltar aqui, desde a primeira vez que veio. E desde então, ele percebeu que as pessoas são muito apaixonadas por música. “É uma paixão enorme pela música, especialmente pelas músicas das festas que eu fui sortudo de poder tocar”, afirma. “Sempre estou pronto para compartilhar, tudo que eu estou coletando e remixando desde a última vez que eu estive aqui, e a última vez que vim aqui foi sete anos atrás, então tenho muita música para compartilhar, estou muito animado”.

Foto/Reprodução: Skratch Bastid

Para ele, só de poder visitar o Brasil, é um verdadeiro privilégio. “É uma verdadeira sorte para mim, porque não são muitas pessoas que vão visitar o brasil em suas vidas e eu posso vir aqui e me divertir muito e tocar músicas para pessoas maravilhosas”, conta. Ele acredita que a música é um reflexo da cultura. “Ela é produzida pelas pessoas quando elas colaboram, quando misturam, quando tocam umas com as outras reagindo, e isso muda a forma como o DJ está tocando”, explica. Quando ele toca um determinado disco, quando recebe uma boa resposta, quer levar esse conhecimento para si. Manter a resposta de modo que o permita reagir com o público e construir uma energia especial entre ele e o público. Para Skratch Bastid, isso é uma mistura de cultura. “Sou um DJ canadense tocando aqui, o público aqui é brasileiro. Onde quer que eu vá, sempre trago minhas experiências e combino com as experiências da população local”, afirma. 

Bastid acredita que o intercâmbio cultural é mágico. E se diz um cara de sorte de poder fazer parte dessa troca. “Levo isso de forma muito especial. E cada momento que tenho que fazer isso com culturas diferentes, é um momento especial da minha vida e ouvi coisas incríveis sobre a festa Makossa. Como o DJ Jazzy Jeff, que disse que é um evento incrível. Então, para comemorar o 20º aniversário. Eu sei que vai ser um momento especial”, salienta. 

Ele se considera amante da música brasileira. “O Brasil tem um nível de música tão incrível, com uma fusão de sons tão incrível. Tantos sons diferentes de jazz, samba, bossa nova, hip hop free style, eletro, heavy beats, algumas influências caribenhas, influências africanas, influências europeias, e eu amo a fusão de todos os sons”. E, claro, ele aponta que apenas os próprios sons e os próprios instrumentos brasileiros são maravilhosos. “Eu amo a música. Acredito que um verdadeiro amante da música sempre encontrará o Brasil, pois tem algumas das músicas mais originais do mundo”, ressalta. Como DJ, ele costuma estudar muito sobre música, então ele está sempre procurando novos sons, e o Brasil tem muito a oferecer. “E ainda estou aprendendo todos os dias”, completa. Em seu set, ele conta que provavelmente deve mixar alguns sons brasileiros para a Makossa. Mas ele sabe que as pessoas querem que ele traga uma mistura de culturas para o público. “E sempre acho bom nos encontrarmos no meio. Você não precisa necessariamente, fazer um set todo brasileiro, eles querem ouvir sons de onde eu sou, minha perspectiva de dj e mixagem. Mas é sempre bom respeitar onde você está e os sons que estão disponíveis lá. Então com certeza eu vou ter que tocar um pouco do Brasil também. Eu mal posso esperar”, finaliza. 

Serviço 

Makossa 20 anos

Dias: Dia 23 de abril, das 22h às 06h. Dia 24 de abril, das 15h às 00h.

Endereço: Galeria dos Estados

Ingressos à venda em makossa.com.br

 R $40 (inteira) e 20 (meia-entrada) por dia, ou R $80 (inteira) e R $40 (meia-entrada) no passaporte.

Classificação indicativa: não recomendado para menores de 18 anos

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