Rosana Jesus
rosana.jesus@jornaldebrasilia.com.br
Música, teatro, competição de breaking, piquenique… Opção é o que não falta para o brasiliense que não quer não quer ficar em casa neste fim de semana. Para começar, o paraibano Zé Ramalho faz show acústico, hoje, em comemoração aos 40 anos de carreira. Outro ícone nordestino que desembarca na capital é o maranhense Zeca Baleiro, que se apresenta amanhã a turnê do disco Era Domingo. Para o público do hip hop, acontece, de hoje a domingo, a terceira edição do festival Quando as Ruas Chamam, em Ceilândia. E ainda tem show internacional da banda norte-americana Information Society.
Com o show inédito Zé Ramalho Voz e Violão, o cantor contempla canções clássicas como Avohai, Chão de Giz, Sinônimo e Táxi Lunar; recentes, como Indo com o Tempo e Sinais; e releituras de artistas que fazem parte do universo do cantor, como Raul Seixas e Bob Dylan. A apresentação acontece a partir das 22h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
É lá que se apresenta também Zeca Baleiro, que leva para o palco o repertório autoral do último disco, Era Domingo. O show de amanhã, às 21h, promete surpresas, entre elas releituras de suas próprias canções e de artistas que admira, como Marina Lima, Herivelto Martins e David Bowie.
Em entrevista ao JBr., o artista fala sobre o novo disco: “Este é um disco da ‘maturidade’. Tem nele reflexões que eu não poderia ter há dez anos. É um disco muito ‘interior’, apesar de ter ritmo, vibração. A construção foi bonita, coletiva, com o envolvimento de 13 produtores. Vivemos num tempo de muita solidão, apesar de estarmos na era da conectividade. Ele fala muito disso, de solidão, embora sua feitura tenha sido a muitas mãos”.
Perguntado sobre o que Brasília pode esperar, Baleiro é direto. “Espero que o público se divirta. Podem esperar o de sempre, calor”.
Atração internacional
Sucesso estrondoso nas pistas do final da década de 1980, Information Society aterrissa amanhã na Bamboa, com hits da música eletrônica, a partir das 22h. No repertório do trio, Running, Repetition e What’s on Your Mind (Pure Energy), entre outras. A abertura fica por conta dos sets do DJ Gusttavo Carvalho.
Quando as Ruas Chamam volta a celebrar a cultura hip hop
De hoje a domingo, a cidade celebra o hip hop na terceira edição do festival Quando as Ruas Chamam, que volta a fazer de Ceilândia a capital da dança de rua do País.
Hoje tem exibição do vídeo Quando as Ruas Chamam, com a presença de Japão, às 10h, no Auditório do Campus Ceilândia da Universidade de Brasília (UnB). Amanhã e domingo, acontecem finais, batalhas e apresentações a partir das 13h, no Sesc Ceilândia.
Promovido pelo Fundo de Apoio à Cultura, o evento traz b-boys e b-girls em disputas da dança de rua em oito categorias distintas.
O vocalista do grupo Viela 17, Japão, fala sobre a importância de participar do festival na cidade em que nasceu. “Vou ser palestrante em mais uma edição e isso é muito gratificante. É um momento para refletir o cenário da nossa música, o rap, e refletir sobre o futuro”, explica Japão. “Vamos fazer um bate-papo para que todos possam entender que o hip hip é muito mais que uma simples manifestação cultural”, completa.
Anfitriões
Idealizador do projeto, Alan Jhone diz que o objetivo do evento é dar visualização aos artista locais. “Geralmente é o inverso. Saímos daqui para participar de competições em outros países. Com essa ideia, somos nós quem recebemos b-boys de outros lugares”.
De acordo com a organização, o projeto é dividido em oito categorias. Deficientes físicos, mulheres e crianças estão entre as modalidades. Artista de outros países como Colômbia e Bolívia também vão estar presentes.
Além dos dançarinos, aparecem por lá nomes expressivos do rap, do grafite e do breaking, a exemplo dos DJs Flip Jay (CE), MF (SP) e Niko (SP), da rapaziada da Funqquestra e dos MCs Rodrigo OKZ e Bank. “Esperamos que seja uma festa acolhedora e que mostre o verdadeiro significado da nossa dança”, conclui Alan.
Outras atrações 0800
Para quem busca diversão ao ar livre, um dos destaques da programação de amanhã na cidade é o Picnik, que acontece na Praça dos Cristais do Setor Militar Urbano, de 13h às 22h. O evento conta com muita música, praça de alimentação, mercadinho, banca sem parede, área vegana e workshops. Além de talentos de arte, moda, artesanato, fotografia, decoração, design e gastronomia.
Outra dica certeira para o fim de semana é a 24ª edição da Mostra Dulcina, que traz a Brasília, até o dia 17, espetáculos teatrais, performances, oficinas, instalações e exposição de artes visuais. Além de criações que são resultado da produção artística de estudantes, diretores e professores de artes cênicas e plásticas da instituição.
Entre as atrações teatrais está A Baba da Pintada, uma adaptação da obra de Dario Fo. Dirigida por Ana Flávia Garcia, a montagem traz elementos da cultura brasileira, como música e dança, e é apresentada hoje, às 20h, no Teatro Dulcina.
Serviço
- Zé Ramalho Voz e Violão – Hoje, às 22h. No Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental). Ingressos a partir de R$ 70 (meia-entrada). Informações: Informações: 98409-0198. Não recomendado para menores de 14 anos.
- Zeca Baleiro – Amanhã, às 21h. No Centro de Convenções. Ingressos a partir de R$ 50. Informações: 3364-2694. Não recomendado para menores de 14 anos.
- Information Society – Amanhã, às 22h. Na Bamboa Brasil (Setor Hípico). Ingressos: Pista – R$ 90. Camarote – R$ 120. Valores referentes à meia-entrada do primeiro lote. Informações: 3334-4450. Não recomendado para menores de 16 anos.
- Quando as Ruas Chamam – Hoje, a partir das 10h, no Auditório do Campus Ceilândia da UnB. Amanhã e domingo, a partir das 13h, no Sesc Ceilândia (QNN 27). Entrada franca.
- Picnik – Amanhã, de 13h às 22h. Na Praça dos Cristais do Setor Militar Urbano. Acesso e classificação livre.
- 24ª edição da Mostra Dulcina – Até 17 de dezembro, às 19h. No Teatro Dulcina (Conic). Entrada franca. Informações: 98236-5400. A classificação indicativa varia de acordo com o espetáculo.