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Cinema

Pedro Almodóvar conta fragmentos da sua história em “Dor e Glória”

Leonardo Resende

12/07/2019 12h30

Atualizada 10/07/2020 12h12

Todo mestre do cinema consegue alcançar feitos incríveis com a sétima arte. Superá-los, é um desafio ainda maior para sua carreira. E quando isso não acontece, o diretor conquista momentos insatisfatórios na filmografia. Após Volver (2006), o cineasta experimentou amargamente o sentimento de estagnação criativa com Abraços Partidos (2009), parcialmente com A Pele Que Hábito (2011), fundo do poço com Amantes Passageiros e pequena melhora com Julieta (2016). Felizmente, o mestre recupera seu fôlego com Dor e Glória, filme que está em cartaz nos cinemas da cidade.

Foto – Divulgação

Em adereços físicos, Antonio Bandeiras alegoricamente interpreta Pedro Almodóvar com o nome de Salvador Mallo, um cineasta em declínio que recebe um convite para a celebração de 30 anos de um de seus maiores filmes. Junto do evento, Salvador deve enfrentar um antigo amigo, com quem guarda uma enorme mágoa. Ao encontrar o colega, o diretor faz diversos reencontros com o seu passado. 

Foto – Divulgação

Ditosamente, Dor e Glória é a recuperação digna de Almodôvar em contar histórias. Ao usar seu olhar, o diretor intercala alguns capítulos da sua vida para ressurgir com uma força impressionante ao dirigir o novo título. E ainda sim, prova que envelhecer possui uma dor intensa e transparante que é perpetuado em cada aspecto técnico do filme (seja ele nas cores ou nas atuações). 

Foto – Divulgação

Por mais que há certos (e pequenos) declínios de ritmo,  o mestre do cinema espanhol soube dar um novo sentido usando a metalinguagem cinematográfica como um fio condutor brilhante, tornando de Dor e Glória, uma experiência imperdível. 

 

 

 

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