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Cinema

Animador Lino DiSalvo conta sobre o processo criativo de “Playmobil – O Filme”

Leonardo Resende

20/12/2019 16h00

Atualizada 27/12/2019 10h50

Com Transformers, Michael Bay descobriu que havia uma mina de ouro (e um novo subgênero) no mundo do entretenimento. A série gerou seis filmes e um spin-off, que resultou em uma franquia – amada ou não – muito rentável. Alguns anos, Warner Bros. descobriu a mesma fórmula com Lego – O Filme, o que também rendeu duas sequências e um spin-off. Seguindo essa mesma receita, a distribuidora Pathé e o diretor Lino DiSalvo, desenvolveram a adaptação de brinquedos Playmobil: O Filme, nova animação que chega aos cinemas brasileiros neste final de semana. Em uma entrevista exclusiva ao Jornal de Brasília, o diretor contou como foi o processo criativo, escolha de atores e futuros projetos.

Apostando na magia dos musicais, Lino apostou em atores que tinham interesse de participar de filmes cantados, por isso, ao conhecer Anya Taylor-Joy, soube que  o papel da protagonista Darla seria para a atriz. “Procurei Anya quando me contaram que a atriz estava procurando um musical para estrela. No momento que a conheci, soube que o papel era para ela. Anya possui uma voz lindíssima e tem uma ótima postura para dublagem”, destaca o diretor.

Anya Taylor-Joy como Darla em Playmobil. Foto – Divulgação

“Todo nosso elenco também foi escolhido a dedo. Desenvolvi o roteiro pensando em cada ator que está no filme, principalmente seu irmão na trama, Gabriel Bateman”, acrescenta o diretor.

A história

Em Playmobil: O Filme, o roteiro se desenrola em um evento traumático para Darla (Anya) e seu irmão (Gabriel): em um acidente, ambos ficam órfãos. Darla, quem possuía uma sede inesgotável de conhecer o mundo. Após a morte de seus pais, apatia foi o único sentimento que restou. Enquanto isso, seu irmão cresce frustrado em ver sua irmã se perder no luto. Isso faz com que ambos – magicalmente –  entrem no mundo dos brinquedos Playmobil.

Da Disney para o mundo

Lino DiSalvo foi responsável por supervisionar inúmeras animações dos Estúdios Disney, incluindo Frozen – Uma Aventura Congelante. Após 17 anos dentro da casa do adorado Mickey, Lino resolveu que Playmobil era o grande momento de criar algo seu. “Cresci brincando com Playmobil, meus filhos adoram os brinquedos. Já existia um vínculo entre eu e o material. Quando estava na Disney, sabia que queriam fazer uma animação sobre o Playmobil e foi aí que percebi que aquela era a minha chance de colocar minhas ideias de dirigir uma animação em prática”, enfatiza Lino.

A sensação de trabalhar na Disney é que a criança que vive dentro de você fica viva cada vez mais. É como ser criança e ter que trabalhar. É um lugar literalmente mágico. Porém, quando eu trabalhava como chefe de animação, nem todos os detalhes eram da minha alçada. Diferente de Playmobil, pois neste filme, eu tive que cuidar de detalhes e responsabilidades inéditas para a minha carreira, mas de muita satisfação como animador”, conta o diretor.

Futuros projetos

“Eu sou de família italiana que cresceu em Nova Iorque, por isso, eu cresci vendo filmes americanos e dentro destes longa-metragens existiam filmes que estereotipavam a cultura italiana com características mafiosas. Eu quero mudar isso, eu quero mostrar o lúdico da cultura italiana em animações”, finaliza o diretor.

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