A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para negar o pedido do influenciador e empresário Renato Cariani, acusado de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, para transferir seu processo à Suprema Corte. Com a decisão, o caso deve permanecer sob responsabilidade da Justiça de São Paulo.
A defesa do empresário requisitou que o caso saísse da esfera local e fosse transferido à justiça da União, visto que as investigações foram realizadas pela Polícia Federal, no entanto, o relator do pedido, ministro Cristiano Zanin, considerou não haver ilegalidade flagrante ou abuso de poder que justificasse a mudança de foro. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino acompanharam o voto do relator.
O julgamento ainda não foi finalizado e depende apenas do voto da ministra Cármen Lúcia.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Cariani e outros réus teriam produzido, vendido e fornecido ilegalmente mais de 12 toneladas de produtos químicos destinados à preparação de drogas, em pelo menos 60 ocasiões. O grupo também é acusado de dissimular aproximadamente R$ 2,4 milhões provenientes do tráfico, por meio de depósitos em espécie realizados por intermediários.