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Celebridades

Morre Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba, aos 66 anos

Cantor, compositor e multi-instrumentista estava internado no Rio; carreira teve mais de 550 músicas gravadas por diferentes artistas

Mateus Souza

08/08/2025 15h37

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

O cantor, compositor e multi-instrumentista Arlindo Cruz, considerado um dos maiores nomes do samba, morreu nesta sexta-feira (8), no Rio de Janeiro, aos 66 anos. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz. Ele estava internado no hospital Barra D’Or, na Zona Oeste da cidade.

Arlindo sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico em março de 2017, após passar mal em casa, e permaneceu quase um ano e meio internado. Desde então, convivia com sequelas da doença e enfrentou diversas internações. Não se apresentava mais ao público.

Histórico memorável

Nascido no Rio de Janeiro em 14 de setembro de 1958, Arlindo Domingos da Cruz Filho ganhou, ainda na infância, o primeiro cavaquinho, aos 7 anos. Aos 12, já tocava músicas “de ouvido” e aprendeu violão ao lado do irmão Acyr Marques. Além de cantar e compor, ficou conhecido por sua habilidade com o cavaquinho e o banjo.

A formação musical se consolidou na escola Flor do Méier, onde estudou teoria musical e violão clássico. Lá, iniciou a carreira profissional e conheceu Candeia, que se tornou seu “padrinho musical” e o ajudou nas primeiras gravações em estúdio.

Arlindo participou da tradicional roda de samba do Cacique de Ramos, onde se aproximou de Jorge Aragão, Beth Carvalho, Almir Guineto, Zeca Pagodinho e Sombrinha. Suas composições rapidamente ganharam intérpretes de peso, como “Lição de Malandragem”, “Grande Erro” e “Novo Amor”.

O reconhecimento como intérprete veio ao substituir Jorge Aragão no grupo Fundo de Quintal, onde permaneceu por 12 anos e gravou sucessos como “Seja Sambista Também”, “Só Pra Contrariar” e “O Mapa da Mina”. Fora do grupo, consolidou parcerias duradouras, especialmente com Zeca Pagodinho e Beth Carvalho.

Ao longo da carreira, teve mais de 550 sambas gravados e conquistou vitórias em disputas de samba-enredo, principalmente pelo Império Serrano, sua escola de coração, que o homenageou como enredo em 2023. Também compôs para a Grande Rio, em 2008.

Na carreira solo, lançou CDs e DVDs de destaque, como Arlindo Cruz MTV Ao Vivo (2009) e Batuques do Meu Lugar (2012), com participações de Alcione, Caetano Veloso e Zeca Pagodinho.

Em uma de suas últimas aparições na TV, no início de 2017, cantou sucessos da carreira e falou sobre a paixão pelo Flamengo, seu time de coração.

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