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Antes de morrer, Vanusa teve “dia muito feliz” com visita da filha

“Ontem teve um dia muito feliz com a visita da Amanda, a filha mais velha. Cantou, brincou, riu, se alimentou bem”, afirmou o estafe da cantora

Willian Matos

08/11/2020 17h43

Internada há dois anos em uma casa de repouso em Santos-SP, a cantora Vanusa veio a falecer na manhã deste domingo (8), aos 73 anos, após um quadro de insuficiência respiratória.

O estafe da artista confirmou o óbito e disse que, no sábado (7), Vanusa recebeu a visita da filha mais velha, Amanda. “Ontem teve um dia muito feliz com a visita da Amanda, a filha mais velha. Cantou, brincou, riu, se alimentou bem”, diz a assessoria.

Prejudicada pelo excesso de medicamentos tarja preta, Vanusa desenvolveu depressão nos últimos anos, além de ficar muito debilitada. Até que, na manhã deste domingo, um enfermeiro da casa de repouso onde a cantora estava internada percebeu que ela estava sem batimentos cardíacos. Médicos de uma unidade de ponto atendimento (UPA) da região foram ao local e constataram a ausência de sinais vitais.

Rafael Vannucci viajou a São Paulo para tratar dos trâmites do enterro. Decidiu-se que o corpo da cantora Vanusa será velado pela família e amigos próximos no Funeral Arce Morumbi, Av Giovanni Gronchi 1358, nesta segunda-feira dia 9 de novembro, das 8 às 14 horas. O sepultamento será às 16 horas no Cemitério de Congonhas.

Sobre Vanusa

Vanusa Santos Flores nasceu em 22 de agosto de 1947, na cidade de Cruzeiro, estado de São Paulo, sendo criada nas cidades mineiras de Uberaba e Frutal. Aos 16 anos, tornou-se vocalista do conjunto Golden Lions. Em uma das apresentações foi ouvida por Sidney Carvalho, da agência de propaganda Prosperi, Magaldi & Maia, que a convidou para ir a São Paulo.

Em 1966, durante os últimos anos do movimento cultural Jovem Guarda, apresentou-se no programa O Bom, de Eduardo Araújo, na extinta TV Excelsior de São Paulo. Logo, foi contratada pela RCA Victor e ganhou êxito com a canção “Pra Nunca Mais Chorar” (Eduardo Araújo e Carlos Imperial). O sucesso a fez participar do programa Jovem Guarda, da TV Record, em suas duas últimas edições.

Em 1968, gravou seu primeiro álbum, estreando ainda como compositora em três canções, uma delas em parceria com David Miranda. Cinco anos depois, em seu quarto LP, já como contratada da gravadora Continental, lançou seu maior sucesso: “Manhãs de Setembro”, composta em parceria com Mário Campanha. Em 1975, lançou outro hit: “Paralelas”, uma composição de Belchior. Em 1977, protagonizou ao lado de Ronnie Von a telenovela Cinderela 77, da Rede Tupi.

Em 1997, publicou sua autobiografia: “Vanusa – A Vida Não Pode Ser Só Isso!”, pela editora Saraiva. Em 2005, participou de vários concertos comemorativos aos 40 anos da Jovem Guarda.

Em 1999, depois de cinco anos sem gravar e apresentando-se apenas eventualmente, Vanusa estreou no Teatro Santa Catarina (São Paulo,SP), o musical Ninguém é Loira por Acaso, escrito e produzido pela jornalista Léa Penteado de quem é amiga desde os anos 70. No musical autobiográfico além dos seus sucessos ela estimular as mulheres a não abdicar dos seus sonhos. “Eu mesma estou realizando um, que é o de ser atriz”, comenta Vanusa que atuou em Hair, em 1973, quando ouviu do diretor, Altair Lima, que nunca mais deveria deixar o teatro.

Em 2015, lançou seu primeiro álbum de canções inéditas em 20 anos: “Vanusa Santos Flores”, produzido por Zeca Baleiro. A cantora foi casada duas vezes: com o músico Antônio Marcos com quem teve as filhas Amanda e Aretha, e com o ator e diretor de televisão Augusto César Vannucci, pai do seu filho Rafael Vannucci.

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