As vendas do comércio varejista subiram 3,4% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 8, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse resultado, o varejo já supera em 8,9% o nível registrado em fevereiro, antes da pandemia da covid-19 derrubar a atividade econômica do País.
Mas essa recuperação não é linear, com alguns setores crescendo muito e outros ainda sentindo os efeitos da crise. O segmento de móveis e eletrodomésticos, por exemplo, opera num patamar 24,2% superior ao de fevereiro, enquanto o de materiais de construção supera o nível de fevereiro em 19,2%. Por outro lado, as vendas de veículos estão 12% abaixo do patamar pré-pandemia, e as de livros e materiais de papelaria estão inferiores em 39%.
Na comparação com agosto de 2019, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 3,10%. Nessa comparação, as projeções iam de uma elevação de 0,55% a 11,10%, com mediana positiva de 6,30%. As vendas do varejo restrito acumularam recuo de 0,9% no ano e alta de 0,5% em 12 meses.
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 4,6% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam um aumento entre 1,40% e 6,50%, com mediana positiva de 4,10%.
Na comparação com agosto de 2019, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 3,9% em agosto de 2020. Nesse confronto, as projeções variavam de uma elevação de 1,20% a 8,90%, com mediana positiva de 3,80%.
As vendas do comércio varejista ampliado acumularam queda de 5,0% no ano e redução de 1,7% em 12 meses.