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Economia

Varejo cresce 0,9% em outubro, sexta alta consecutiva do setor

Foi a sexta variação positiva seguida do varejo desde maio. Na comparação com outubro do ano passado, o crescimento foi de 8,3%

Redação Jornal de Brasília

10/12/2020 10h32

Compras para o Dia das Mães. 10-05-2018. Foto: João Stangherlin/Jornal de Brasília

Diego Garcia
Rio de Janeiro, RJ

As vendas do varejo continuaram em alta e cresceram 0,9% em outubro, ficando agora 8% acima do patamar pré-pandemia, divulgou nesta quinta-feira (10) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Foi a sexta variação positiva seguida do varejo desde maio. Na comparação com outubro do ano passado, o crescimento foi de 8,3%, a maior taxa desde 2012.

De acordo com Cristiano Santos, gerente da pesquisa, o resultado de outubro mostra um repique para cima do comércio brasileiro, pois superou a alta de setembro (0,6%).

“No mínimo, mostra um fôlego da economia num patamar que já estava alto”, disse Santos.
Até então, o varejo vinha em trajetória de crescimento, mas em ritmo de desaceleração, após quedas expressivas em março e abril.

O crescimento desde o período pré-pandemia também foi desigual, com alguns setores mostrando recuperação mais acentuada, como móveis e eletrodomésticos (19,0% acima de fevereiro), outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,3%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,6%).

O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,1%) foi outro que cresceu bastante no período.

Por outro lado, os outros quatro ramos de atividade tiveram queda nessa análise de comparação: livros, jornais, revistas e papelaria (-33,7%), combustíveis e lubrificantes (-4,7%), tecidos, vestuário e calçados (-4,6%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,1%).
Lista ** Santos explicou a diferença de crescimento entre os setores por motivos relacionados à pandemia.

“Hiper e supermercados e Artigos farmacêuticos não tiveram suas lojas fechadas. Além disso, os mercados, logo no início da pandemia, absorveram parte das vendas de atividades que pararam

O comportamento também é visto no varejo ampliado, que está 4,9% acima de fevereiro, mas com cinco taxas positivas e cinco negativas.

O maior crescimento foi de material de construção (21,5%) enquanto o menor, depois de livros, ficou com veículos, motos, partes e peças (-5,2%), segundo o analista da pesquisa.

“As atividades de Material de construção e Móveis e eletrodomésticos tiveram o impacto do componente renda, com o auxílio emergencial, que propiciou às famílias realizarem pequenas reformas e substituírem itens para a casa”, explicou o analista da pesquisa

Em outubro, sete das oito atividades pesquisadas tiveram alta. A maior delas foi em tecidos, vestuários e calçados (6,6%). Apenas móveis e eletrodomésticos recuou (-1,1%).

Por região, o varejo manteve o crescimento em 22 das 27 unidades da federação na comparação com setembro.

Os maiores registros foram na Bahia (3,5%), Piauí (3,1%) e Mato Grosso do Sul (2,9%).
Já os destaques negativos ficaram por conta de Tocantins (-5,4%), Roraima (-2,2%) e Pará (-0,7).

As informações são da FolhaPress

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