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Economia

Transporte sobre trilhos: R$ 1 bilhão será disponibilizado para investimento

O crédito também poderá ser usado para melhoria dos sistemas, como a aquisição de tecnologia de monitoramento e comunicação

Aline Rocha

28/06/2019 17h27

Foto: Agência Brasil

Da Redação
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Nesta sexta-feira (28), Gustavo Canuto, ministro do Desenvolvimento Regional, anunciou o Programa de Renovação de Frota do Transporte Público Coletivo Urbano de Passageiros sobre Trilhos (Retrem). De acordo com o ministro, R$ 1 bilhão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) será disponibilizado para financiar a compra ou reforma de composições para transporte sobre trilhos pelo Poder Público ou setor privado. O crédito também poderá ser usado para melhoria dos sistemas, como a aquisição de tecnologia de monitoramento e comunicação.

“Precisamos melhorar o transporte coletivo nas cidades, a situação está cada vez pior”, enfatizou Canuto ao apresentar o projeto na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Os projetos deverão atender uma cota mínima de produção nacional, com a intenção de também apoiar as empresas brasileiras do setor.

Indústria em crise

De acordo com Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), o programa é fundamental para que o setor, que sofreu forte retração nos últimos anos, se recupere. “Tanto na área de passageiro quanto na de carga nós temos uma ociosidade hoje que gira em torno de 60% da nossa capacidade instalada total. Nós estamos em uma situação crítica”, ressaltou. Segundo ele, em três anos, as fábricas do ramo fecharam 3 mil postos de trabalho, o equivalente a 15% de toda a mão de obra empregada diretamente no setor.

De acordo com ele, as empresas de trens de passageiros deixaram de fazer investimentos e as que transportam carga estão evitando novos gastos devido à aproximação do fim de período de grande parte das concessões públicas.

Abate considera que a exigência de um percentual mínimo de produção nacional para os projetos financiados pelo Retrem é necessária para garantir o equilíbrio na concorrência com as empresas estrangeiras, em especial, as asiáticas. “O que a gente precisa é que essas fábricas se instalem no país para que eles tenham as mesmas condições de mercado que nós temos”, disse em relação aos concorrentes internacionais.

Com o volume de recursos que será investido, o presidente da Abifer acredita que até 2021 o setor consiga retomar o nível de produção e de emprego de três anos atrás.

O Brasil tem 21 sistemas metroferroviários com 15 operadores atuando em 11 estados e no Distrito Federal.

 

Com informações de Agência Brasil 

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