A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), de reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 6% ao ano, foi considerada acertada pelo Secovi-SP, sindicato que representa o setor imobiliário em São Paulo.
Para o presidente da instituição, Basilio Jafet, trata-se de oportunidade para a retomada do crescimento da economia, e especialmente para o mercado imobiliário, que é bastante sensível à taxa de juros. “Estamos chegando a um estágio cada vez mais próximo das taxas de juros dos países desenvolvidos. Os Estados Unidos também baixaram os juros, em 0,25 ponto porcentual, o que parece estar configurando um novo patamar para a taxa básica de juros mundo afora”, afirma.
Na avaliação de Jafet, o corte de 0,50 ponto pode estimular a redução das taxas cobradas pelos bancos no crédito imobiliário, criando um círculo virtuoso para o mercado.
FecomercioSP apoia corte da Selic, justificado por inflação contida e Previdência
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) avaliou como positiva a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 6%. Para a entidade, a decisão é justificada pela aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara dos Deputados, além do quadro de inflação sob controle.
“Por outro lado, o nível de desemprego ainda é alto e o câmbio se valorizou recentemente. Por isso, a queda dos juros pode contribuir para o equilíbrio econômico”, disse a entidade em nota. De acordo com a FecomercioSP, “reduzir a Selic é indispensável para acelerar a retomada do emprego e diminuir o custo da dívida, o que é muito relevante para um país com alto grau de endividamento como o Brasil”.
A entidade afirma na nota que apoia o processo de redução de juros e espera que seja o início de um ciclo de quedas.
Supermercados
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) avaliou como acertada a decisão do Copom em reduzir a taxa Selic para 6% ao ano e, por meio de nota, disse que os efeitos do corte serão sentidos pelos supermercadistas no médio prazo.
O corte, segundo o economista da Apas, Thiago Berka, vai beneficiar o setor supermercadista no sentido de reduzir as despesas financeiras e deixar os empresários mais confortáveis para investir.
Berka alerta, porém, que para que a redução da Selic tenha mais efetividade são necessárias mais medidas microeconômicas para reduzir a concentração bancária.
Estadão Conteúdo.