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Economia

Pix pode gerar economia de até R$ 1 bilhão

O início do registro das chaves Pix pelos usuários (como número do celular, e-mail, CPF, CNPJ) será em 5 de outubro

Redação Jornal de Brasília

08/09/2020 5h53

A um mês da chegada do Pix – ferramenta que promete revolucionar o sistema financeiro, com transferências de dinheiro na mesma hora para outra conta, disponível 24 horas –, as operadoras de telecomunicações já estão se preparando para a adoção da novidade. O início do registro das chaves Pix pelos usuários (como número do celular, e-mail, CPF, CNPJ) será em 5 de outubro, e o lançamento em 16 de novembro.

TIM, Vivo, Claro e Oi vislumbram usar o Pix para reduzir custos na arrecadação de faturas e recargas de pré-pagos. A ideia é que as faturas de planos de telefonia, internet e TV paga venham com QR-Code, por meio do qual o cliente pode usar o Pix para o pagamento instantâneo. A novidade deve começar a virar realidade ainda este ano.

O vice-presidente de estratégia e transformação da TIM, Renato Chiuchini, diz que, juntas, as operadoras desembolsam aproximadamente R$ 1 bilhão por ano, somados os gastos com recolhimento dos boletos e comissões para parceiros (bancos, lotéricas, mercados, padarias, entre outros), em que são feitas as recargas de celulares pré-pagos. Esse é o valor máximo potencial de redução das despesas no longo prazo.

“O custo de recolhimento de cada boleto no mercado, em média, é de R$ 2. Se trocar isso pelo Pix, a expectativa é de uma redução relevante dos custos”, afirma Chiuchini. O Banco Central cobrará R$ 0,01 pela liquidação de cada dez pagamentos instantâneos na plataforma Pix. Resta saber qual valor será cobrado por cada um dos bancos comerciais. Tudo indica que haverá uma queda expressiva para o serviço em comparação com os boletos, ainda mais em um cenário de competição crescente entre as instituições financeiras.

“Toda essa cadeia de arrecadação e cobrança tem um custo alto para qualquer tele. Esperamos redução de custo, sim. Ainda não conseguimos dizer quanto, pois depende do preço final das transações, mas será significativa”, diz Rodrigo Gruner, diretor de serviços digitais e inovação da Vivo.

As teles dizem também que o sistema de pagamentos instantâneos vai diminuir as complicações do processo de reativação de serviços para quem quitou com atraso as faturas e teve o sinal desligado. “Ao reativar os serviços hoje, assumimos um risco com base na promessa de pagamento”, diz o diretor da Claro, Maurício Santos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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