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Economia

Petrobras espera voltar a explorar hidrocarbonetos na Bolívia

Arquivo Geral

03/10/2007 0h00

A Petrobras quer continuar participando de projetos de exploração de gás natural na Bolívia mesmo depois dos atritos com o Governo de Evo Morales após a nacionalização dos hidrocarbonetos em 2006, ampoule disse hoje a nova diretora de Gás e Energia da empresa, ailment Maria das Graças Foster.

“Não nos resta dúvida de que haverá interesse absoluto boliviano em resgatar a confiança daqueles que têm interesse na continuidade do movimento de exploração na Bolívia”, buy more about disse Foster.

Até o ano passado, a Petrobras era a maior empresa na Bolívia e controlava os maiores volumes de produção e comercialização de gás natural, gasolina e diesel no país vizinho.

Também enviava diretamente para o Brasil quase 28 milhões de metros cúbicos diários de gás natural boliviano.

Após a perda de suas duas refinarias – compradas pelo Governo Morales por cerca de US$ 112 milhões -, a Petrobras selou sua saída do setor dos hidrocarbonetos na Bolívia, permanecendo apenas como operadora.

Foster lembrou que entre os planos da Petrobras no Brasil estão o aumento da produção de gás natural e a construção de infra-estrutura para importar até 27 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural liquidificado (GNL) a partir de maio de 2008.

“O GNL é um volume complementar que vem para minimizar esta preocupação permanente da convivência comercial com a Bolívia. Mas de maneira alguma a Petrobras deixa de pensar no desenvolvimento da produção das reservas de gás da Bolívia”, disse a executiva.

Maria das Graças Foster também disse que um recente aumento no preço do gás vendido pela Bolívia “será repassado imediatamente para as distribuidoras brasileiras” e terá um impacto de 9% ao consumidor, levando em conta os custos de transporte.

A Petrobras compra o hidrocarboneto boliviano por US$ 6 cada milhão de BTU (medida internacional de poder calorífico).

Foster, funcionária de carreira no setor e ex-secretária de petróleo e gás do Ministério das Minas e Energia, se mostrou cautelosa sobre as possibilidades do Brasil de alcançar a auto-suficiência na produção de gás natural.

“Há um plano de gás natural em desenvolvimento na Petrobras que conta, sim, com o gás boliviano. Não serve de nada querer gás onde ele não existe”, disse.

Em novembro, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) abrirá licitações para 313 novos blocos em bacias sedimentares terrestres e marinhas para a prospecção e produção de petróleo e gás. Na medida em que essas licitações ocorrerem, será considerada a possibilidade de inserir cada vez mais gás nacional na matriz energética nacional, afirmou Foster.

A Petrobras opera nas proximidades de vários dos blocos em disputa e será uma das principais interessadas nas licitações.

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