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Economia

Pela 1ª vez, País reduzirá dívida com recursos de bancos públicos, diz Guedes

Os IHCD foram utilizados pelo governo da presidente Dilma Rousseff para capitalizar instituições públicas

Aline Rocha

12/06/2019 13h07

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, 12, que, pela primeira vez na história, o País vai reduzir a dívida pública com recursos provenientes de bancos públicos. O comentário diz respeito ao anúncio, feito pouco antes por Guedes e pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, de que a instituição devolverá R$ 3 bilhões ao Tesouro referentes a dívidas ligadas a Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCD).

Os IHCD foram utilizados pelo governo da presidente Dilma Rousseff para capitalizar instituições públicas.

No caso da Caixa, há um estoque próximo de R$ 40 bilhões, sendo que o banco tem a intenção de devolver metade disso em 2019. Os $ 3 bilhões anunciados nesta quarta-feira são a primeira parcela

Durante a coletiva de imprensa, Guedes retomou a questão e disse que era a primeira vez que a Caixa devolvia recursos ao Tesouro. Essa devolução permitirá o abatimento da dívida pública brasileira.

O ministro da Economia disse ainda que todos os bancos públicos com instrumentos híbridos de capital e dívida estão trabalhando para antecipar o pagamento à União.

“Está todo mundo trabalhando com o mesmo objetivo (de devolver recursos de bancos à União). Todos os bancos que têm instrumento de dívida estão fazendo dever de casa”, afirmou Guedes, após se reunir com os presidentes do BNDES, Caixa e Banco do Brasil.

De acordo com o secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, há cerca de R$ 86 bilhões em instrumentos híbridos com os bancos. A Caixa tem a maior parte, entre R$ 41 bilhões e R$ 42 bilhões, BNDES tem R$ 36 bilhões, Banco do Brasil tem R$ 8 bilhões e BNB e Banco da Amazônia, cerca de R$ 1 bilhão cada.

“Estamos colocando pressão nos bancos de regiões mais ricas, não nos do Nordeste”, afirmou Guedes.

 

Estadão Contéudo

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