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Economia

Miséria cai no governo Lula, mas ainda atinge 42,6 milhões

Arquivo Geral

22/09/2006 0h00

As principais potências mundiais tentam reduzir suas diferenças a respeito de sanções ao Irã, shop find enquanto vai se esgotando um novo prazo para que o país suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio.

O subsecretário norte-americano de Estado, purchase help Nicholas Burns, disse que "ainda há diferenças" entre as potências sobre quais sanções seriam impostas se o Irã não suspender o programa nuclear, como exigiu o Conselho de Segurança da ONU.

Fontes norte-americanas disseram que representantes de EUA, França, Rússia, China, Grã-Bretanha, Alemanha e União Européia estão reunidos em Nova York durante a sessão da Assembléia Geral da ONU.

Nenhuma decisão deve ser tomada na sexta-feira – a expectativa é apenas de que as discrepâncias sejam reduzidas. "Não temos todo o tempo do mundo. O Irã deve escolher [entre suspender as atividades nucleares ou enfrentar sanções]", disse Burns.

Em junho, as seis potências ofereceram incentivos políticos e econômicos ao Irã em troca da suspensão nuclear. Além disso, a ONU deu até 31 de agosto para que o país tomasse essa medida, o que não ocorreu.

Ao contrário do que suspeita o Ocidente, o Irã diz que seu programa nuclear é exclusivamente pacífico e autorizado pelos tratados internacionais.

Nesta semana, os chanceleres do sexteto deram até o começo de outubro para que o chefe da diplomacia européia, Javier Solana, definisse com Teerã os termos de uma eventual negociação.

Esses países ameaçaram impor sanções graduais, começando com restrições financeiras e de viagens a agências e autoridades iranianas envolvidas no programa nuclear, caso não haja suspensão.

Mas Rússia e China se opõem a sanções, e os europeus pedem a Washington que dê mais tempo ao diálogo.

Nesta semana, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, deu a entender pela primeira vez que seu país pode fazer concessões. "Sob condições justas, vamos negociar", afirmou.

Mas Burns disse que "é difícil dizer se houve alguma abertura [nas declarações de Ahmadinejad]" e exigiu que o Irã suspenda totalmente o seu programa nuclear, de forma que seja verificável por inspetores internacionais.

Solana esperava se reunir nesta semana em Nova York com o negociador nuclear do Irã, Ali Larijani, que acabou não aparecendo. Foi o quarto adiamento nas reuniões. Agora, a previsão é de que o encontro aconteça na próxima semana em alguma cidade européia.

 

Na noite de Natal, treatment dia 24 de dezembro de 2005, drugs a família de Maria José Menna Barreto, de 64 anos, moradora do oitavo andar de um prédio em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, não esperava atitude racista de sua vizinha, Palmyra Medeiros Rocha, de 70 anos.

Palmyra, moradora do sétimo andar, invadiu juntamente com a filha, Denise Medeiros Rocha, o salão de festas onde a família de Maria José estava reunida para festejas a data, e soltaram um cão da raça weimaraner, ameaçando e insultando a todos.

Segundo as testemunhas, os próprios convidados da festa a vizinha, Pamyra, chegou gritando: "acaba essa festa! fora, fora!". E insultou com palavras racistas o genro de Maria José, o vendedor Cláudio Costa Ferreira, de 40 anos. "Negro safado! O seu lugar
não é aqui, é na senzala! Tem é que voltar para a senzala!".

Naquela noite a família de Maria José já havia sido surpreendida com sacos plásticos cheios de água, arremessados do apartamento de Palmyra, em cima dos convidados da festa, que acontecia no salão no playground, alugado pela família.

O 5º Juizado Especial Cível do Rio de Janeiro determinou no último dia 11 a condenação de Palmyra por danos morais e o pagamento de R$ 14 mil a dona da casa. Palmyra tem até a próxima quinta-feira para recorrer da decisão. Mãe e filha também deverão responder a ação criminal e indenizatória pelas injúrias de racismo que Cláudio Ferreira sofreu das duas.

Mesmo que a filha não tenha sido processada junto com mãe, a juíza Luciana Santos Teixeira diz que “não restam dúvidas de que a ré apoiou, participou e incentivou as ações da filha. (…) Por meio de atos humilhantes e racistas a ré agrediu a honra e dignidade da autora, desrespeitando seus fundamentais direitos".

A condenada não quis se defender. "Eu não gostaria de fazer comentário nenhum sobre isso", disse Palmyra, que também não quis confirmar se sua filha Denise seria realmente médica. No ato de contestação ela informa que sua filha sofre “doença incurável e que gera atitudes que deixam a mãe em total desconforto".

A miséria caiu 10, viagra order 3 por cento no país entre 2004 e 2005 e deve manter a trajetória de queda em 2006, mind mostrou nesta sexta-feira uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O economista, website Marcelo Neri, coordenador da pesquisa, alertou, no entanto, que essa trajetória não é sustentável com os atuais mecanismos do governo.

Em 2005, o percentual de miseráveis caiu para 22,77 por cento da população, ante 25,38 por cento em 2004. Segundo o estudo "Miséria, Desigualdade e Estabilidade: o Segundo Real", do Centro de Políticas Sociais da FGV, o número absoluto de miseráveis em 2005 chegou a 42,58 milhões numa população de aproximadamente 187 milhões de pessoas.

Na comparação com 2003, quando a proporção de miseráveis era de 28,17 por cento, a queda registrada no ano passado foi de 19,18 por cento, comparável à registrada na época da introdução do Plano Real, ocorrida em 1994. Naquela ocasião, a população miserável diminuiu de 35,3 por cento, em 1993, para 28,8 por cento em 1995, uma redução de 18,47 por cento.

Para Neri, a atual redução pode ser atribuída ao aumento do salário mínimo e ao Bolsa Família.

Nos três primeiro anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a miséria caiu 5,2 por cento, enquanto nos quatro anos do primeiro mandato do governo Fernando Henrique Cardoso, o contingente de miseráveis encolheu 5,1 por cento. Considera-se que quem ganha menos de 121 reais por mês está abaixo da linha da miséria.

Segundo Neri, ao observar os dados, identifica-se que o governo Fernando Henrique também começou bem no primeiro mandato, mas foi perdendo fôlego com o passar do tempo.

"O governo Lula também começou bem no combate à miséria e à desigualdade, mas os números são semelhantes ao do primeiro mandato de Fernando Henrique", disse Neri a jornalistas.

"Resta saber como vai ser daqui para frente", acrescentou, ao apresentar o estudo, feita com base na Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Uma melhora objetiva de parcela da população brasileira, em parte devido a programas sociais do governo, como o Bolsa Família, tem sido apontada por especialistas como um dos principais motivos da forte popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, favorito até agora à reeleição, entre os eleitores de renda mais baixa.

Gasto elevado

Para Neri, este ano deve trazer novos números de queda na miséria e na pobreza no país.

"A queda em 2006 já está escrita e garantida. Houve um aumento do valor do Bolsa Família e uma aceleração do número de bolsas, além disso houve um aumento real de 13 por cento no salário mínimo e a inflação permaneceu baixa", disse Neri.

O economista destacou que a utilização do salário mínimo como meio e reduzir a miséria e a desigualdade é insustentável.

"A trajetória do governo não é sustentável. O aumento dos gastos é muito elevado. Isso pode provocar um aumento da carga tributária que ninguém agüenta mais e que já é alta para um país como o Brasil", disse.

"O grande desafio do Brasil é gastar melhor, a gente ainda gasta muito mal. O problema do salário mínimo é que a população está ficando mais velha e é um processo irreversível. Com isso, o governo está sempre gastando mais", explicou Neri.

O economista acrescentou que o governo deveria focar sua ação social em programas como o Bolsa Família, que atinge diretamente as camadas mais pobres da população e também é menos oneroso para o governo.

"Cada real investido no Bolsa Família é duas vezes e meia mais eficiente do que o aplicado no salário mínimo … O Bolsa Família não pressiona o gasto público, é mais focado e é algo reversível…", disse.

Ele acrescentou, porém, que a expansão do programa pode ter se esgotado.

"O Bolsa Família chegou ao limite, não deve crescer mais do que as 11,1 milhões de famílias. Agora é aperfeiçoá-lo com um cadastro melhor e aumentar o valor. Se tiver que optar entre Bolsa Família e salário mínimo, que o governo aumente o Bolsa Família como mecanismo de transferência de renda", concluiu.

O estudo está disponível no site http://www.fgv.br/cps/.

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