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Economia

Maílson da Nóbrega: vacina trará novas perspectivas para o crescimento mundial

Além da vacina, o ex-ministro acrescenta no pacote de fatores favoráveis ao crescimento mundial a eleição do democrata Joe Biden

Redação Jornal de Brasília

16/12/2020 16h21

Foto: Victoria Jones / POOL / AFP

A disponibilidade da vacina contra a Covid-19 trará novas perspectivas para o crescimento mundial em 2021 e isso acabará por beneficiar o Brasil também, disse o ex-ministro da Fazenda e sócio fundador da Tendências Consultoria Integrada, Maílson da Nóbrega, nesta quarta-feira, 16.

Ele participa neste momento de uma live sob o tema “Desafios e Perspectivas da Economia para 2021”, organizada pelo Banco Safra Maílson está sendo entrevistado pelo diretor do Safra para Estratégia Econômica e Relações com Mercados, Joaquim Levy.

Mailson citou fala do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), segundo a qual em 18 meses a população brasileira estará quase toda vacinada contra o coronavírus, o que vai contribuir para o crescimento da economia, no mundo e também no Brasil.

Além da vacina, o ex-ministro acrescenta no pacote de boas notícias e fatores favoráveis ao crescimento mundial a eleição do democrata Joe Biden, que deve levar a um relacionamento mundial com mais previsibilidade. Não quer dizer com isso, de acordo com Maílson, que a China vai ter sua vida facilitada, dado que para o povo americano a China é um grande inimigo.

Contudo, segundo Maílson, o Brasil continuará em 2021 com baixo crescimento. Ele cita projeção da Tendências para o crescimento do PIB brasileiro em 2021, de 3%, mas beneficiado por um carregamento estatístico muito grande de 2020.

Para ele, alguns setores vão operar acima do patamar de ferreiro como parte da indústria e varejo já mostram, mas não acompanhados pelos serviços. “Só com a vacina estes três grandes setores vão operar de forma sincronizada”, disse o ex-ministro.

Riscos para 2021

O risco para a economia brasileira no ano que vem, de acordo com Maílson, continuará sendo o fiscal. Ele lembra que a margem para gastos discricionários do governo, antes das recentes derrotas sofridas pelo governo no Congresso, era de R$ 92 bilhões e que tende a ser menor.

“Estamos imaginando que será muito difícil cumprir o teto de gastos no a i que vem. O que poderá assegurar o cumprimento do teto dos gastos no ano que vem será a aprovação da PEC Emergencial”, disse.

Maílson disse também não apostar na aprovação da reforma administrativa para 2021 até por entender que há reformas mais importantes a seres aprovadas. Entre elas ele cita a tributária.

Estadão Conteúdo

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