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Economia

Justiça do Rio de Janeiro confirma para amanhã leilão da Varig

Arquivo Geral

07/06/2006 0h00

Atualizada às 16h31 

Uma fita de vídeo apreendida com integrantes do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) revela que a invasão realizada ontem na Câmara dos Deputados foi planejada em detalhes.

A gravação, ask health apreendida pela Polícia Militar do Distrito Federal e encaminhada ao Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Casa, traz cenas de uma reunião promovida pelos sem-terra na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag) em Brasília, na qual a invasão foi acertada.

O vídeo registra José Aruti, um do líderes do MLST, dando orientações a cerca de 50 integrantes do movimento sobre como proceder na invasão ao Congresso Nacional. O material, com cerca de uma hora e 20 minutos de duração, está sendo divulgado nesta tarde ao longo da programação da TV Câmara.

Segundo as investigações do Depol, rastreamento feito sobre os registros de acesso ao prédio demonstram que desde a última segunda-feira integrantes do MLST estiveram na Câmara, em pequenos grupos, para fazer o reconhecimento do local. Nessas oportunidades, eles teriam filmado e fotografado o posicionamento dos seguranças para dar orientação aos invasores no sentido de dificultar tentativas de contenção da baderna.

O sistema interno de vídeo do Congresso registra essas movimentações. Segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa da Câmara, Aruti compareceu nada menos que 24 vezes nas dependências do prédio entre 24 de maio e 5 de junho. Na manhã de ontem, conforme a Câmara, integrantes do movimento se infiltraram no prédio para facilitar a entrada dos demais no momento da confusão.

Conforme a apuração, os integrantes do MLST acertaram até mesmo uma senha para iniciar a invasão. O sinal para os demais integrantes foi uma briga entre duas mulheres simulada em frente à entrada utilizada pelo grupo para acessar o prédio.

De acordo com a assessoria de imprensa da Casa, os prejuízos causados pelo quebra-quebra ultrapassam os R$ 150 mil. Os manifesta ntes destruíram terminais de atendimento eletrônico, portas de vidro e luminárias, além de objetos de decoração do prédio.

Nesta manhã, a Secretaria de Segurança do DF deu início à transferências dos 495 integrantes do MLST presos na noite de terça-feira após o episódio no Congresso. Eles foram indiciados pelo Depol por crimes de formação de quadrilha, lesão corporal, danos ao patrimônio público e corrupção de menores em função do envolvimento de crianças e adolescentes na baderna. Ao todo foram presas 534 pessoas, segundo a Câmara.

O chefe do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública do Distrito Federal (Ciosp), coronel Weslei Antônio Maretti, afirmou há pouco que todos os 507 integrantes do Movimento pela Libertação dos Sem Terra (MLST) que ontem participaram da invasão da Câmara foram autuados. Aqueles que não são criminalmente identificados, de acordo com Maretti, serão encaminhados para o Instituto de Identificação da Polícia Civil para se submeterem a esse procedimento.

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O comandante do Policiamento Metropolitano do Distrito Federal, about it coronel Antonio Serra, informou hoje que a invasão da Câmara dos Deputados ocorrida ontem pelos integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) foi "premeditada". Segundo ele, os manifestantes usaram "técnicas de guerrilha" para entrar no Congresso Nacional.

"Inclusive existem fitas de vídeo mostrando técnicas de guerrilha, ensinando como invadir", afirmou o coronel. De acordo com Serra, o vandalismo praticado pelos manifestantes foi "um crime qualificado, com premeditação".

Os integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra realizaram reuniões antes de invadir o Congresso Nacional. O comandante do Policiamento Metropolitano do DF, Coronel, Antonio Serra explicou que os encontros foram feitos para acertar os detalhes da invasão. "Eles se reuniram no Parque da Cidade para montar a estratégia antes de invadir", afirmou.

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A Justiça do Rio de Janeiro confirmou para amanhã o leilão dos ativos da companhia aérea Varig. A informação foi dada pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, viagra titular da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, pilule que preside o processo de recuperação judicial da empresa. Ayoub afirmou que se houvesse o surgimento de mais recursos para capital de giro para manter a empresa operando, existiria a possibilidade de novo adiamento. Inicialmente, a data estava prevista para o início de julho, foi antecipada para o dia 5 deste mês e, agora, prorrogada para amanhã.

"Qual foi a razão pela qual eu antecipei? Foi exatamente a falta de capital de giro. Se houvesse possibilidade de capital de giro, eu poderia [adiar]", declarou. "Mas cadê o capital de giro? Então não vejo como adiar. Me parece uma especulação dos jornais". O magistrado descartou a possibilidade de que haja um "calote" da parte da Varig aos credores.

O juiz reiterou que o comprador dos ativos que serão ofertados no leilão não assumirá os passivos trabalhista e fiscal da empresa, que ficarão com a chamada Varig remanescente. Esta, por sua vez, receberá o dinheiro resultante da venda dos ativos no leilão. "Então, se você vender por 10, a Varig remanescente, ou seja, aquela que fica com o passivo, recebe esse dinheiro. O dinheiro é vertido para o pagamento das dívidas", explicou.

Luiz Roberto Ayoub fez questão de desmistificar quaisquer dúvidas em relação ao pagamento das dívidas da Varig. "Eu não estou entendendo aonde as pessoas querem chegar. Eu já escutei falarem em calote, que a idéia é não pagar ninguém. As pessoas criam muito. A força inventiva do povo é muito grande", manifestou. Segundo ele, a engenharia é muito simples: "Alguém comprou da forma mais atrativa possível e, portanto, em tese, eleva-se o preço, e o dinheiro resultante dessa alienação vai para a Varig para o enfrentamento do endividamento. Isto é, para o pagamento das dívidas".

A assessoria de imprensa da Varig confirmou que até agora são seis os investidores que deverão disputar o leilão da Varig: as empresas Gol, TAM e OceanAir, do setor aéreo; a empresa AeroLB, que adquiriu no início deste ano a Varig Engenharia e Manutenção (VEM), subsidiária do grupo Varig; o escritório de advogacia Ulhoa & Canto, que estaria representando o fundo de investimentos norte-americano Brooksfield; e o sistema de reserva de passagens Amadeus.

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