Menu
Economia

Governo libera R$ 34 bilhões para que empresas paguem funcionários na quarentena

Plano é voltado a empresários que têm receita anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. Quem aderir fica impedido de demitir funcionários por pelo menos 60 dias

Redação Jornal de Brasília

06/04/2020 11h49

Para evitar que um número muito grande de trabalhadores fiquem sem salários durante a quarentena, o Governo Federal criou o Programa Emergencial de Suporte a Empregos. Basicamente, é uma linha de crédito destinada aos empresários que têm receita anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. Ao todo, o governo disponibilizará R$ 34 bilhões.

A linha de crédito deve ser usada para cobrir toda a folha de pagamento por um período de dois meses, até o limite de duas vezes o valor de um salário mínimo por empregado. Para ter acesso ao dinheiro, a empresa deve ter a folha gerida por uma instituição financeira inscrita no Banco Central. Quem aderir ao programa fica impedido de demitir funcionários por pelo menos 60 dias, exceto em casos de justa causa.

O plano está previsto em uma medida provisória (MP 944/2020) editada na sexta-feira (3) pelo presidente Jair Bolsonaro.

Proteção ao crédito

Antes de conceder um empréstimo, o banco pode considerar restrições em sistemas de proteção ao crédito ou registros de inadimplência no Banco Central realizados nos seis meses anteriores à contratação. A MP 944/2020 dispensa a apresentação de algumas exigências, como quitação eleitoral; certificado de regularidade do FGTS; e certidão negativa de débito. Mas impede a concessão do empréstimo a empresas em débito com a seguridade social.

Caso a empresa não pague o empréstimo, os bancos devem cobrar a dívida em nome próprio e encaminhar os valores recuperados à União. Segundo a medida provisória, as instituições financeiras devem “empregar os seus melhores esforços e adotar os procedimentos necessários à recuperação dos créditos”.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atua como agente financeiro da União no Programa Emergencial de Suporte a Empregos. Cabe à instituição gerir e repassar aos bancos os R$ 34 bilhões transferidos da Secretaria do Tesouro Nacional. Enquanto estiver com o BNDES, o dinheiro deve ser remunerado pela taxa Selic. Quando aplicado nas operações de crédito, passa a ser remunerado pela taxa de 3,65% ao ano. As parcelas de financiamento recebidas pelos bancos e repassadas ao BNDES devem ser transferidas para a União em até 30 dias.

Com informações da Agência Senado

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado