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Economia

Governo cria comitê de apoio para startups

Essas iniciativas e resultados obtidos serão disponibilizados em uma plataforma digital

Redação Jornal de Brasília

04/12/2019 17h08

Da Redação
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Um decreto presidencial, publicado na última sexta-feira (22/11), instituiu o Comitê Nacional de Iniciativas de Apoio a Startups. O objetivo é articular as iniciativas do Poder Executivo federal destinadas às empresas nascentes de base tecnológica que se enquadrem como startups. Essas iniciativas e resultados obtidos serão disponibilizados em uma plataforma digital. O colegiado também ficará encarregado de promover troca de experiências e boas práticas que envolvam o apoio às startups.

O comitê será composto por integrantes das secretarias de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação e de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, além de integrantes do Banco Central, do BNDES, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a secretaria de Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e das agências de Desenvolvimento Industrial e de Promoção de Exportações e Investimentos. Eles deverão realizar reuniões trimestrais para assessorar medidas a serem implementadas na área.

Para o advogado Saulo Michiles, especialista em direito de startups, da AB&DF Advocacia, os órgãos envolvidos têm a ver com empreendedorismo, tecnologia, investimento e com a desburocratização. “Parece que o governo federal enxergou o poder das startups como entidades que podem transformar a economia, não só o setor privado, mas também o público, que podem dar uma ajuda maior ao crescimento econômico brasileiro, geração de emprego, de riqueza, principalmente através da tecnologia e crescimento escalar”, explica.

Segundo ele, se as políticas e competências forem bem executadas há um grande potencial. “Pode destravar muitas iniciativas de startups e propor novas políticas públicas para destravar também o investimento. O ecossistema de empreendedorismo de startups no Brasil precisa de uma ajuda principalmente porque ainda temos uma legislação com burocracia que trava muito. Qualquer medida que venha para facilitar a desburocratização e, de alguma maneira, trazer o conhecimento gerado e todos os benefícios trazidos pelas startups, para o poder público federal, é bem-vinda”, aponta.

As startups são empresas que surgem a partir de ideias inovadoras, com soluções tecnológicas para problemas do dia a dia, apresentam modelo de negócio de baixo custo e grande potencial de crescimento. Presentes em todo o Brasil, elas já passam de 12 mil, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups). No Distrito Federal, ao todo, são 207 startups ativas. Brasília ocupa o sétimo lugar no ranking das cidades com mais startups. 

Segundo André Fróes, sócio da Cotidiano Aceleradora de Startups, a criação do Comitê demonstra a importância dada pelo governo federal a esse  ecossistema de inovação. “São vários entes ali representados, se unindo em uma plataforma única, para trocar melhores práticas, experiências e aprendizados das iniciativas que antes eram conduzidas separadamente por cada um deles. Isso possibilita também que outros agentes públicos e privados, como as próprias startups, aceleradoras, universidades, fundos de investimentos, possam contribuir e participar do desenvolvimento das ações do comitê, contribuindo com o sucesso dessa iniciativa. Vejo com muito bons olhos essa proximidade e relevância que o ecossistema de inovações está tendo frente ao governo federal”, afirma.

Com informações da Agência Brasília.

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