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Economia

Fiesp: ‘É uma tragédia privatizar Petrobras do tamanho que está’

Ainda assim, ele elogiou a decisão do governo Jair Bolsonaro de falar sobre a possibilidade de venda da Petrobras e disse que esta seria uma tese defendida “há décadas”

Redação Jornal de Brasília

26/08/2019 18h12

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A privatização da Petrobras com o tamanho como a estatal se encontra atualmente seria uma “tragédia”, na avaliação do vice presidente da Fiesp Carlos Cavalcanti, que defende uma discussão mais aprofundada sobre o modelo de venda da petroleira brasileira. “Privatizar produção e exploração, não tenho problema, desde que não esteja atuando em mais nada, em nenhum elo da cadeia”, disse o dirigente, durante evento promovido pela federação paulista de indústrias para discutir as medidas para promoção da concorrência nos combustíveis e no gás natural. Ainda assim, ele elogiou a decisão do governo Jair Bolsonaro de falar sobre a possibilidade de venda da Petrobras e disse que esta seria uma tese defendida “há décadas” pela Fiesp, mas criticou a falta de “reflexão sobre o mercado de combustíveis que queremos”. Na sua visão, a Petrobras tem realizado até agora desinvestimentos em diversas atividades, como transporte e distribuição de gás e refino de petróleo por necessidade de caixa. “É preciso fazer definições politicas”, disse.

 

Também presente no evento, o presidente do Cade, Alexandre Barreto de Souza, classificou como “desastrosa” uma possível privatização da Petrobras tal qual opera hoje. Ele evitou comentar sobre qual seria o modelo que o governo vislumbra para a privatização da estatal, mas citou que os acordos feitos entre o Cade e a Petrobras, para reduzir a concentração da petroleira nos mercados de gás natural vão na linha da privatização defendida pela Fiesp. “A decisão de privatizar não nos interessa (ao Cade), não é nosso objetivo institucional, mas o como será feita nos interessa”, disse.

 

Ele salientou que os acordos desenhados pelo Cade para os desinvestimentos da Petrobras nos dois mercados são “infinitamente superiores” aos modelos inicialmente apresentados pela estatal de venda de ativos nas mesmas áreas, como a proposta de oferta de refinarias em clusters regionais. “Do ponto de vista concorrencial seria um desastre”, disse. “Agora vai se permitir que de fato haja injeção de competitividade no setor”, completou.

Estadão Conteúdo.

 

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